Crítica # 102 – Guardiões da Galáxia vol. 2 (Guardians of
the Galaxy, vol. 2, USA, 2017).
Pior Marlon Fonseca
Em 2014 a
Marvel já gozava dos frutos alcançados em seu universo cinematográfico a ponto
de começar a apostar. Guardiões da
Galáxia foi o primeiro grande risco que a empresa como estúdio de cinema
correu ao trazer personagens até então desconhecidos do grande público e a sua
“parte espacial”. Felizmente, para todos os envolvidos, o filme se tornou
sucesso de crítica e público e catapultou os personagens aos holofotes.
Assim, sua
sequência mudou de patamar. Agora não é mais uma aposta e sim, a pressão era
para a mantença ou ampliação das inegáveis qualidades do primeiro filme. A boa
notícia é que James Gunn e sua equipe conseguiram se superar.
Na trama, os
heróis se metem em uma confusão com uma estranha raça alienígena e ao mesmo
tempo Peter Quill, enfim, conhece seu pai. A equipe começa a entender a noção
de “família”, ainda que disfuncional que é.
Logo na
primeira sequência com os heróis o público já é brindando como um dos momentos
mais divertidos, simpáticos e geniais que o gênero já proporcionou.
O bom humor
característico do primeiro filme foi ampliando, soando sempre orgânico, não
forçado. Mas a melhor notícia é que os momentos dramáticos e emocionais foram
ainda melhor implementados e realizados. Ou seja, o filme conseguiu ser cômico
e sério na medida certa, inclusive trazendo momentos sentimentais tão singelos
e delicados, principalmente em duas ocasiões do filme.
A equipe aumenta, ganha contornos de "família" e dramas pessoais melhor desenvolvidos |
A parte visual
também está miais bonita, com novos planetas a serem explorados e uma paleta de
cores mais diversificada. Os efeitos visuais são impecáveis e o 3D auxilia na
imersão em alguns momentos.
A sonora
também continua sendo um ponto forte da agora série, não só pela ótima escolha
das músicas e, seu repertório mas pela importâncias destas como parte da
narrativa (ainda que, nesse caso, o primeiro filme se saia levemente melhor).
Narrativamente,
conforme falado anteriormente, há um casamento interessante entre a comédia e o
drama e todos os personagens ganharam mais fundos e motivações, todos tratados
de forma decente no roteiro. Até mesmo conceitos absurdos da parte galáctica da
Marvel, como Ego, o planeta vivo, conseguem ser coerentes e palatáveis,
servindo para a trama de forma favorável.
O filme é um deleite sonoro e visual |
Mesmo
começando mais na “brincadeira”, principalmente em sua primeira metade, quando
o vilão de fato se revela junto com suas motivações e implicações, e as tramas
pessoais começam a aflorar, tom aumenta e seriedade e se reequilibra, e assim,
o longa, leva para um terceiro ato onde tudo se encaixa e se encerra tão
perfeita e harmonicamente.
E se o filme
começa deliciosamente divertido se encerra com um lirismo comovente.
O elenco volta
ainda melhor e mais à vontade, com cada personagem trazendo novas camadas,
incluindo o retorno de Nebula e Yondu, proporcionado pela narrativa correta que
já mencionamos. Das novas adições Kurt Russel, como Ego, entrega uma das
melhores composições suas em tempos. Stallone, tem uma ponta interessante que
pode até parecer “avulsa” de início, mas faz todo sentido no fim. Já a inocente Mantis traz mais heterogeneidade à equipe.
Ladrão de cenas: Baby Groot apertou o botão da fofura várias vezes. |
O segundo
volume de Guardiões da Galáxia consegue ser “mais filme”, no sentido narrativo
e de aprofundamento, que seu antecessor, confirmando de vez o quanto esses
personagens podem oferecer em divertimento e emoção.
Ah, e sim,
Baby Groot é a coisa mais fofa de toda a galáxia e, conforme esperado, rouba
todas as cenas em que aparece.
Obs: A essa
altura todo mundo já deve saber, mas existem 5 cenas pós créditos.
Nota 9,0
Ficha técnica:
Guardiões da Galáxia vol. 2 (Guardians of the Galaxy, vol. 2, USA, 2017). Ação,
Aventura. Direção: James Gunn. Elenco:
Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Bradley Cooper (voz), Vin Diesel
(voz), Kurt Russel , Michael Rooker e Sylvester Stallone. Duração: 136 min.
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Entrevista Baby Groot
Marlon Fonseca: Groot obrigado por
disponibilizar um tempinho para conversar comigo e nossos leitores
Baby Groot: Eu sou Groot!
M.F: Depois do sucesso do primeiro filme
há naturalmente uma pressão ao se fazer um segundo. Quais foram os maiores
desafios nesse novo filme?
B.G: (pausa reflexiva demorada): Eu sou
Groot.
M.F: Entendo perfeitamente. Você costuma
dispensar dublês nas sequências de ação. Qual foi a mais difícil de se fazer.
Já se machucou?
B.G. Eu sou Groot. Eu sou Groot!!
M.F: Dentre as
coisas abordadas nesse segundo filme há o aspecto de a equipe ser uma família.
Como vocês lidam com isso além das filmagens?
B.G: (Groot
franze o cenho e tenta dar um ar intelectual na sua resposta) Eu sou Groot.
M.F: Você tem
se revelado um ótimo dançarino. Onde aprendeu a dançar e por que não gosta de
dançar na frente dos seus companheiros?
B.G (Groot
abre um sorriso sem graça, dá uma risada abobada). Eu sou Groot. Eu sou Groot.
M.F: A próxima empreitada da equipe será
em Guerra Infinita. Como está sendo
conhecer os Vingadores?
B.G (nesse momento groot abre um sorriso, sobe na cadeira, levanta
os braços e os move agitadamente): Eu sou Grooooottttt!!! Eu sou Groot! Eu sou
Groot! Eu sou Groot e Eu sou Groot.
M.F: Realmente deve ser fantástico e
perigoso ao mesmo tempo. Muito obrigado por tudo. Para encerrar mande por favor
um recados para os nossos leitores.
B.G – Nós somos Groot.
Com certeza
somos!
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