...GAMES
Opiniões
#14 – Ghost Recon: Future Soldier (PS3/XBOX 360)
Por Marlon
Fonseca
O universo de
ação, táticas e espionagem do escritor Tom Clancy[1]
continua movimentando o mundo dos games. A equipe tática de operações especiais
secretas Ghost Recon retorna em mais
uma empreitada. Neste Future Soldier,
o jogador terá a disposição o que há de mais moderno em armamento e acessórios,
além de outros que provavelmente aparecerão em um futuro próximo (daí o
título).
A história do
jogo mostra o esquadrão Ghost Recon enfrentando um ditador russo e a sua
tentativa de tomada do poder em seu país.
Durante as 10
horas de campanha, o jogador, sozinho ou em cooperação com até mais três
pessoas, invadirá territórios inimigos para resgatar pessoas importantes e/ou atrás
de informações. Depois de concluída a missão, o esquadrão ainda deverá
dirigir-se ao ponto de remoção dando uma total visão de como é uma operação
deste tipo realmente.
A história não
é lá grandes coisas e as missões acabam por ser pouco variadas: infiltração em
algum lugar, busca por alguma pessoa, remoção, etc. Mas a ação do jogo e os
momentos cinematográficos (algo que se tornou comum neste tipo de game) vão
manter os jogadores firmes e interessados até o final. Também há objetivos extras durante as missões como matar tantos inimigos com determinada arma, não atingir civis, etc.
A Jogabilidade
não é mistério algum para quem já passou por esse tipo de game ou mesmo para
quem está iniciando agora. As missões variam entre momentos obrigatoriamente stealth e outros onde ocorrem tiroteios
agressivos. A transição entre as coberturas é extremamente dinâmica o que
facilita a movimentação entre os pontos dos cenários.
Alternância entre tiroteios cadenciados e ação cinematográfica |
A inteligência
artificial dos seus companheiros é bastante competente, o que é essencial para
este tipo de jogo. Seus aliados movimentam-se e atacam seus inimigos de forma
independente, inclusive indicando onde os inimigos estão no mapa e quais
armamentos estão utilizando. Os inimigos seguem este mesmo parâmetro, pois se
mexem o tempo todo no cenário, se organizam entre eles, etc.
Esse aspecto é
importantíssimo para o game, pois, em
razão dele, a ação fica sempre variada e cada tiroteio vai exigir uma
estratégia e movimentação diferentes. Nos momentos stealth você poderá marcar até quatro inimigos para que sejam
abatidos simultaneamente, o chamado “tiro sincronizado”. Nos momentos de mais
ação esta marcação servirá para destacar os inimigos mais ofensivos,
tornando-os o foco dos ataques de seus aliados.
Para enfrentar
as missões, o esquadrão conta com as mais variadas armas e acessórios. Óculos
de visão noturna, mira com raio-x, granadas com sensores de movimentos, roupas
camufladas que o tornam “invisível” ao inimigo e o mais bacana de todos:
drones. Com eles, você poderá sobrevoar a área para marcar os inimigos ou
percorrer o solo com este mesmo objetivo ou para outras ações requeridas
durante o jogo. As armas podem ser escolhidas antes de cada missão e
customizadas livremente através do gunsmith.
Tela do gunsmith |
Os Gráficos
estão muito bonitos e detalhados beirando em vários momentos o foto realismo. Os
Cenários seguem este parâmetro, sendo bastante variados e amplos. Efeitos de
explosão, fogo e água também estão muito bonitos. Curiosamente as cutscenes que aparecem entre as missões
estão um nível abaixo, parecendo mais cartunescas, ao passo que os gráficos in game estão bastante realistas.
O Som também
está muito bem realizado. Os efeitos de explosão e tiros estão excelentes
chegando muito perto da excelência de Battlefield
3 neste aspecto. Os diálogos entre aliados e inimigos durante o combate
ajudam na imersão do jogo.
Mesmo com
essas qualidades técnicas, o jogo não está livre de incômodos bugs, principalmente nos momentos em que
se tem que agrupar com os aliados.[2]
Além do modo
campanha o jogo possui um modo chamado Guerrilha.
Nele, até quatro jogadores enfrentam ondas de inimigos pelos cenários. Modo que
vem se tornando comum neste tipo de jogo.
Logicamente,
o jogo vem com multiplayer
competitivo, mas em razão da saturação do mercado para este tipo de modalidade,
não há muita novidade. Jogar a campanha em co-op, aí sim, é bem mais divertido.
Com
uma campanha competente, ainda que falhe na sua história, e repleto de momentos
cinematográficos e ação estratégica Ghost
Recon Future Soldier é um jogo que agrada bastante e está um degrau acima
no gênero. Os mutiplayer não inovam, mas divertem, mas jogar a campanha é co-op
é extremamente divertido.
Cotação: (4/5)
Ficha Técnica:
Ghost Recon: Future Soldier (PS3/XBOX 360). Guerra. Ação. Produtora: Ubisoft.
Data de lançamento: 22 de Maio de 2012 nos EUA e na primeira semana de Junho no
Brasil. Versão Testada: PS3 (Signature Edition)
Obs:
Capa da Signature Edition |
- Para os
entusiastas em localização, a Ubisoft mais uma vez disponibilizou o jogo com
legendas e menus em português.
-Estão
disponíveis tanto no Brasil como no exterior as edições comuns e a signature edition que vem com mais
alguns conteúdos extras.
- A versão do PS3 exige uma instalação de 6,5 GB.