quinta-feira, 14 de junho de 2012

...GAMES. Opiniões #14 - Ghost Recon: Future Soldier


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Opiniões #14 – Ghost Recon: Future Soldier (PS3/XBOX 360)
Por Marlon Fonseca



           
O universo de ação, táticas e espionagem do escritor Tom Clancy[1] continua movimentando o mundo dos games. A equipe tática de operações especiais secretas Ghost Recon retorna em mais uma empreitada. Neste Future Soldier, o jogador terá a disposição o que há de mais moderno em armamento e acessórios, além de outros que provavelmente aparecerão em um futuro próximo (daí o título).

A história do jogo mostra o esquadrão Ghost Recon enfrentando um ditador russo e a sua tentativa de tomada do poder em seu país.





Durante as 10 horas de campanha, o jogador, sozinho ou em cooperação com até mais três pessoas, invadirá territórios inimigos para resgatar pessoas importantes e/ou atrás de informações. Depois de concluída a missão, o esquadrão ainda deverá dirigir-se ao ponto de remoção dando uma total visão de como é uma operação deste tipo realmente.

A história não é lá grandes coisas e as missões acabam por ser pouco variadas: infiltração em algum lugar, busca por alguma pessoa, remoção, etc. Mas a ação do jogo e os momentos cinematográficos (algo que se tornou comum neste tipo de game) vão manter os jogadores firmes e interessados até o final. Também há objetivos extras durante as missões como matar tantos inimigos com determinada arma, não atingir civis, etc.

A Jogabilidade não é mistério algum para quem já passou por esse tipo de game ou mesmo para quem está iniciando agora. As missões variam entre momentos obrigatoriamente stealth e outros onde ocorrem tiroteios agressivos. A transição entre as coberturas é extremamente dinâmica o que facilita a movimentação entre os pontos dos cenários.

Alternância entre tiroteios cadenciados e ação cinematográfica

A inteligência artificial dos seus companheiros é bastante competente, o que é essencial para este tipo de jogo. Seus aliados movimentam-se e atacam seus inimigos de forma independente, inclusive indicando onde os inimigos estão no mapa e quais armamentos estão utilizando. Os inimigos seguem este mesmo parâmetro, pois se mexem o tempo todo no cenário, se organizam entre eles, etc.

Esse aspecto é importantíssimo para o game, pois, em razão dele, a ação fica sempre variada e cada tiroteio vai exigir uma estratégia e movimentação diferentes. Nos momentos stealth você poderá marcar até quatro inimigos para que sejam abatidos simultaneamente, o chamado “tiro sincronizado”. Nos momentos de mais ação esta marcação servirá para destacar os inimigos mais ofensivos, tornando-os o foco dos ataques de seus aliados.

Para enfrentar as missões, o esquadrão conta com as mais variadas armas e acessórios. Óculos de visão noturna, mira com raio-x, granadas com sensores de movimentos, roupas camufladas que o tornam “invisível” ao inimigo e o mais bacana de todos: drones. Com eles, você poderá sobrevoar a área para marcar os inimigos ou percorrer o solo com este mesmo objetivo ou para outras ações requeridas durante o jogo. As armas podem ser escolhidas antes de cada missão e customizadas livremente através do gunsmith.

Tela do gunsmith
Os Gráficos estão muito bonitos e detalhados beirando em vários momentos o foto realismo. Os Cenários seguem este parâmetro, sendo bastante variados e amplos. Efeitos de explosão, fogo e água também estão muito bonitos. Curiosamente as cutscenes que aparecem entre as missões estão um nível abaixo, parecendo mais cartunescas, ao passo que os gráficos in game estão bastante realistas.

O Som também está muito bem realizado. Os efeitos de explosão e tiros estão excelentes chegando muito perto da excelência de Battlefield 3 neste aspecto. Os diálogos entre aliados e inimigos durante o combate ajudam na imersão do jogo.

Mesmo com essas qualidades técnicas, o jogo não está livre de incômodos bugs, principalmente nos momentos em que se tem que agrupar com os aliados.[2]

Além do modo campanha o jogo possui um modo chamado Guerrilha. Nele, até quatro jogadores enfrentam ondas de inimigos pelos cenários. Modo que vem se tornando comum neste tipo de jogo.

            Logicamente, o jogo vem com multiplayer competitivo, mas em razão da saturação do mercado para este tipo de modalidade, não há muita novidade. Jogar a campanha em co-op, aí sim, é bem mais divertido.

            Com uma campanha competente, ainda que falhe na sua história, e repleto de momentos cinematográficos e ação estratégica Ghost Recon Future Soldier é um jogo que agrada bastante e está um degrau acima no gênero. Os mutiplayer não inovam, mas divertem, mas jogar a campanha é co-op é extremamente divertido.

Cotação:  (4/5)

Ficha Técnica: Ghost Recon: Future Soldier (PS3/XBOX 360). Guerra. Ação. Produtora: Ubisoft. Data de lançamento: 22 de Maio de 2012 nos EUA e na primeira semana de Junho no Brasil. Versão Testada: PS3 (Signature Edition)

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Obs:
Capa da Signature Edition
- Para os entusiastas em localização, a Ubisoft mais uma vez disponibilizou o jogo com legendas e menus em português.

-Estão disponíveis tanto no Brasil como no exterior as edições comuns e a signature edition que vem com mais alguns conteúdos extras.

- A versão do PS3 exige uma instalação de 6,5 GB.


[1] É dele a série literária que conta as aventuras do agente Jack Ryan que também já foi transportada para os cinemas. Nos games as séries Splinter Cell, Raibow Six, H.A.W.X e Endwar também estão sob sua “batuta”.
[2] Para evita-los, tente ser o último a chegar nos pontos de agrupamento.