terça-feira, 14 de maio de 2013

...CINEMA. Opiniões #66 - Vai Que Dá Certo


...CINEMA

Opiniões # 66 – Vai que Dá Certo (Brasil, 2013)

Por Marlon Fonseca

               
                      Até para ser bandido tem que ser ter talento e felizmente para o público, mas infelizmente para os personagens de Vai que Dá certo eles não o têm. No filme acompanhamos um grupo de amigos na casa dos 30 anos de idade que enxergam em um plano de roubo a oportunidade de resolver a sua situação financeira. Mas, ao contrário do título, nada vai dar certo.

            Trata-se de um filme com humor agradável e favorecido pela sua curta duração e pelo elenco afiadíssimo. As situações absurdas e tiradas e diálogos envolvendo o mundo dos games e do cinema ajudam no clima[1].

            Mesclando talentos jovens em ascensão para comédia como Fabio Porchat, Gregório Duvivier e atores mais calejados como Danton Mello e Natália Lage, o elenco tem uma afinidade e uma camaradagem que beneficia muito o filme. Um adendo divertido é ver o sotaque paulista de alguns autores (a maioria carioca), cada um mais bizarro que o outro propositalmente. Lúcio Mauro Filho, entretanto, parece ter levado a sério e até mesmo sua voz muda por completo.
Turma enrolada mas bem afiada

            O roteiro segue o padrão de esquetes em volta de um fio condutor. Não espere brilhantismo nesse quesito. Diálogos e situações divertidas se alternam em outros nem tanto apesar de o resultado ser mais favorável no quesito diversão.

            Longe de ser brilhante, Vai que Dá Certo é uma comédia rápida, divertida e inofensiva que se sustenta principalmente pelo seu elenco e por situações que vão tirar o riso do espectador. Diante do sucesso do público e da deixa no final do filme, essa galera promete retornar.


Curiosidade: Lúcio Mauro que é pai de Lúcio Mauro Filho, mas no filme interpreta seu avô.

Cotação: 7,5

Ficha Técnica: Vai que Dá Certo (Brasil, 2013). Comédia. Direção: Maurício Farias. Elenco: Danton Melo, Lúcio Mauro Filho, Fábio Porchat, Natália Lage, Gregório Duvivier.



[1] A abertura relembrando clássicos do Atari com uma musiquinha estilo era 8 bits é muito bacana.