terça-feira, 24 de julho de 2012

O Batman no cinema


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O Batman no Cinema
Por Marlon Fonseca



            O Homem-morcego conta, ao longo das décadas, com vários filmes lançados com enfoques completamente diferentes sobre ele.

Sua primeira aparição nas telas de cinema na verdade foi em forma de série, fato que iremos tratar em outra ocasião[1].Aqui vamos nos ater ao tratamento dado ao personagem por três diretores distintos que dividiremos em fases.



Fase Tim Burton: No final da década de 80 e início da de 90, as adaptações para os cinemas de personagem oriundos de história em quadrinho não gozavam do prestígio que têm atualmente. Os estúdios Warner, detentora dos direitos da DC Comics e do personagem, achou que já era hora de explorar o homem-morcego nesta mídia. Para tanto chamou o diretor Tim Burton, bastante identificado por filmes de atmosfera gótica.

            Intitulado apenas como Batman e lançado em 1989, com uma esmagadora campanha de marketing, que criou parâmetros de divulgação utilizados até hoje nesse sentido, e tendo (o contestado) Michael Keaton como Bruce Wayne/Batman e o astro Jack Nicholson como o arquiinimigo Coringa. O interesse amoroso do herói, a jornalista Vicky Vale, foi interpretada pela estonteante Kim Basinger. O visual gótico de Gothan City, em uma direção de arte muito bem caprichada, a trilha sonora marcante de Danny Elfman e as figuras do herói e do Coringa (que no filme fora responsável pela morte dos pais de Bruce, o que não ocorre nos Quadrinhos) transformam um filme em um grande sucesso de público e crítica.

            Em razão desse sucesso todo e com uma pressão do próprio público por uma continuação, Batman –O Retorno estréia em 1982 agora trazendo a Mulher-Gato e o Pingüim como vilões em atuações espetacular de Michelle Pfeifer e Danny Devito respectivamente.

            A direção de arte e o aspecto sombrio apresentaram-se ainda mais carregadas nesta continuação o que foi objeto de restrições por algumas pessoas. Em razão disso, Burton considerou sua “missão” cumprida e passou a atuar apenas como produtor dos longas seguintes terminando esta fase e começando a próxima.




Fase Joel Schumacher: A fase cinematográfica mais contestada do homem-morcego. Assustada com as criticas sofridas pelo caminho sombrio trilhado por Tim Burton, a Waner decidiu atenuar este aspecto. Para isso chamou o diretor Joel Schumacher.

            Batman Eternamente, de 1995, dá início a esta nova fase mesclando o lado sombrio com o aspecto mais leve do famoso seriado da década de 60[2]. Val Kilmer substituiu Michael Keaton no manto/armadura do herói e há a inclusão do Robin (Chris O´Donnel). Os vilões foram interpretados, histrionicamente, por Jim Carrey e Tommy Lee Jones. O filme ainda contava com uma Nicole Kidman no auge da beleza como interesse amoroso de Bruce Wayne. Foi o maior sucesso comercial do personagem até então.

            Diante do sucesso do anterior, a Warner e Schumacher achavam que tinha “achado o caminho”,[3] mas o que aconteceu foi que a coisa degringolou de vez em Batman e Robin de 1997. George Clonney, um astro em ascensão foi o Batman da vez e Scwarzenneger fez de tudo até conseguir o papel de Sr. Frio. Um filme extremamente caricato, com um personagem descaracterizado e excessivamente apelando para um lado cômico infame ("Bat-cartão de crédito"???). Se junta a isso uma “mistureba” danada de heróis e vilões e chegamos a uma das piores adaptações de histórias em quadrinhos de todos os tempos e o pior filme do Batman.





Fase Christopher Nolan: Ante a tragédia e fracasso resultantes de Batman e Robin a Warner ficou anos sem saber o que fazer com seu famoso e lucrativo personagem. Depois de vários projetos em estudo deu-se início a fase Nolan que terá tratamento em um texto especial amanhã.







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Batman Dead End (Fan Film): O personagem também é alvo constante de filmes em curta metragem feitos por fãs, conhecidos como fan films. O Mais famoso dele é Batman Dead End. Dirigido por Sandy Corolla, técnico de efeitos especiais, um Batman extremamente bem caracterizado enfrenta o Coringa e mais dois "vilões-surpresa" em um beco de Gothan. O filme fez tanto sucesso que Corolla chegou a ser cogitado para reinicar a franquia do morcego após o fracasso de Batman e Robin, algo que não ocorreu na prática. Veja o filme abaixo na íntegra.







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Curiosidades:
Evolução dos uniformes ao longo dos anos tanto nos seriados (primeira linha) quanto no cinema


Batmoveis



[1] . Também há um longa metragem oriunda da série da década de 60 que será apreciado em outra ocasião.
[2] Que será objeto de apreciação em um futuro texto.
[3] Tanto que a Waner já estava com o projeto de mais um filme engatilhado. Com o espantalho como vilão.