...CINEMA
Opiniões # 42 – Chernobyl (Chernobyl Diaries, USA, 2012)
Por Marlon Fonseca
O
diretor e produtor Oren Peli despontou em Hollyood graças ao sucesso de Atividade Paranormal. A partir daí
continua identificado com os filmes de gênero falso documentário/filmagens
escondidas[1] e
além de atuar como produtor na continuidade da franquia, dirigiu o vindouro Área 51, que também será neste estilo.
Já Chernobyl, no qual produziu e
escreveu, foge desse subgênero.
Na
trama, seis jovens contratam um guia para levá-los a uma cidade que fora
abandonada na época do incidente nuclear de Chernobyl. Mas o “passeio” vai ser
mais aterrorizante do que esperavam.
Ainda
que não se utiliza do recurso do falso documentário, o filme tem um estilo
totalmente documental. Percebe-se tal fato principalmente pela fotografia sem capricho,
pelos enquadramentos, mudanças abruptas na câmera e closes forçados. É uma produção barata, o que se percebe também na
falta de variação e capricho dos cenários e na criação de uma ambientação
decente.
Os
personagens são de uma burrice irritante[2] e
passa longe qualquer tentativa de aprofundamento sobre eles. Não há um sequer
que o público se conecte ou torça pela sua sobrevivência de fato. O roteiro
além, disso tem bastante “furos” e falta lógica em vários momentos. E os
diálogos seguem a linha apresentando-se completamente fracos.
Mesmo
assim, o filme até que possui alguns (poucos) bons momentos de suspense e pode
dar algum susto na platéia.
Chernobyl
falha na ambientação, caracterização de clima e de personagens. Promove um ou
outro susto, mas não é nem de longe bem desenvolvido. Oren Peli, assim, acaba
por entregar um filme semi-amador.
Cotação: (1/5 - 3,5/10)
Ficha técnica: Chernobyl
(Chernobyl Diaries, USA, 2012). Terror. Direção:Bradley Parker. Elenco: Jessé
McCarteney, Jonathan Sadowski e Olívia Duldley. Duração: 86 min.
Obs: O filme foi distribuído
apenas com cópias dubladas o que, com certeza, aumentará ainda mais a discussão
acerca dos filmes dublados x filmes legendados que tem esquentado nos últimos
meses entre alguns críticos do Brasil.
[1] Na
ocasião da análise de Filha do Mal dissertamos sobre os aspectos deste gênero.
Confiram aqui:http://blogdofalandode.blogspot.com.br/2012/02/opinioes-06-filha-do-mal.html
[2] O
exemplo mor é o da jovem metida á fotógrafa. Ela tira foto de tudo durante o
passeio, mas não se anima em tirar a de uma espécie nova de um peixe mutante
devida à radiação.