segunda-feira, 30 de julho de 2012

...GAMES. Opiniões # 21 - Resident Evil Revelations


...GAMES
Opiniões # 21 – Resident Evil Revelations (3DS)
Por Marlon Fonseca



            Lançado neste ano de forma exclusiva para o 3DS, Resident Evil Revelations é uma tentativa de trazer a famosa e bem-sucedida franquia de volta ao gênero que a consagrou (o survival horror) e fornece uma opção de game hardcore aos usuários do portátil da Nintendo.

            Na história do jogo, que se passa entre RE 4 e RE 5, a BSAA (Bioterrorism Security Assessment Aliance), manda Jill Valentine e seu parceiro Parker para um misterioso navio que encontra-se no mar mediterrâneo para investigar o desaparecimento de Chris Redfield e sua parceira Jessica. Mais uma vez, deverão enfrentar terríveis criaturas.

            Na verdade, a trama é contada de forma paralela entre as investigações de Jill, onde o aspecto de survival horror impera e as ações de Chris onde o enfoque é na ação. Ainda há algumas missões onde dois agentes novatos (Quint e Keith) na franquia aparecem também mais calcados na ação.

            O cenário principal do game, o navio Queen Zenobia, relembra o aspecto labiríntico e intricado da mansão do primeiro game da franquia. Nunca se sabe de que canto ou sala surgirá um inimigo. Ainda parecendo com o primeiro Resident Evil, enquanto no navio, o jogador deverá ir e vir no mapa procurando itens e resolvendo alguns puzzles na tela de toque (simples e repetitivos) para avançar na narrativa.

            A jogabilidade foi um pouco simplificada para se adaptar ao aparelho e é a parte mais problemática do game junto com sua câmera. Os personagens ainda não se movimentam quando executam a mira (que passa à visão em primeira pessoa nesse momento) e o analógico do aparelho é um pouco rígido para executar movimentos mais bruscos. A tela de toque que serve como mapa e administração de inventario, no entanto, foi uma ótima adição. Há, ainda, um novo aparato que permite que scanear partes e objetos dos cenários que auxilia na procura de itens como energia e munição.

            Os gráficos estão muito bons e parecem usar ao máximo a capacidade do portátil. Os efeitos em 3D estão bastante discretos, sendo mais perceptíveis nas cutscenes. Volta e meia, porém, o jogo dá uma queda de performance apresentando slowdonwns principalmente nos momentos de abertura de determinadas portas e dentro de elevadores.

 Investindo mesmo no clima sombrio, a trilha sonora é bacana e reproduz bem a atmosfera assim como os efeitos sonoros.          
           
A campanha, dividida em doze capítulos e que dura por volta de dez horas, é competente e a história é menos exagerada e acelerada do que os capítulos anteriores da franquia. Há  maior destaque aos bastidores da BSAA.  A presença e dinâmica entre Jill e Chris é sempre marcante na franquia. Os novos personagens, no entanto, pouco empolgam.
  
            Novos e antigos inimigos irão marcar presença na empreitada. Mas a variação deles é bem pequena ao longo da aventura, ainda que há uma ou outra batalha interessante contra chefes.

Resident Evil Revelations promove a volta da série aos elementos de terror. Ainda que se torne repetitivo em alguns momentos, é um dos grandes jogos da extensa franquia. Imprescindível para os fãs da série e donos do portátil da Nintendo.

Cotação: (4/5)

            Ficha técnica: Resident Evil Revelations (3DS). Produtora e distribuidora: Capcom. Data de lançamento: 07 de Fevereiro de 2012 (USA) e 26 de Janeiro de 2012 (Japão).



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Curiosidade: A polêmica da capa com defeito:

            Na época de seu lançamento, o game apresentou um problema com a sua capa em uma de suas tiragens. O erro constava no nome do jogo na lateral da embalagem conforme a foto ao lado. A Capcom ao saber do fasto, prontamente se pôs à disposição dos jogadores para efetuar a troca gratuita. Alguns preferiram ficar com a “raridade”.




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O ano de Resident Evil?

          2012 promete um ano muito movimentado para os fãs da série tanto nos games como no cinema. Alem deste Resident Evil Revelations, já foi lançado um spin-off da série mais calcado na ação intitulado Resident Evil: Operation Raccon City. (confira análise clicando aqui). Mas o game mais aguardado, sem dúvida é Resident Evil 6, que reúne pela primeira vez Chris Redfield e Leon Kennedy, com data de lançamento marcada para o dia 02 de Outubro e já bateu todos os recorde de pré-venda da franquia.

                Já nos cinemas serão duas novidades. A primeira é o lançamento do quinto filme que continua com a saga cinematográfica repleta de liberdade criativas intitulada Resident Evil Retribution (Resident Evil: a Retribuição na Brasil). O filme está com lançamento previsto para Setembro e novamente se utilizará da tecnologia em 3D. 
                      Por fim, será lançado também em Setembro, o longa metragem em Animação intitulado Resident Evil Damnation que continuará os eventos da animação anterior intitulada Resident Evil Degeneration, que fez muito sucesso entre os fãs.
                            Um ano muito movimentado para os fãs de Resident Evil, sem dúvidas.

domingo, 29 de julho de 2012

...CINEMA. Opiniões # 44 - O Que Esperar Quando Você Está Esperando


...CINEMA
Opiniões # 44 – O Que Esperar Quando Você Está Esperando (What To Expect When You´re Expecting, USA, 2012).
Por Marlon Fonseca


            Maternidade. Momento mágico, milagroso e sagrado da mulher. Paternidade. É quando o homem produz seu legado e ganha um companheiro (a) para toda a vida. O que Esperar quando você está esperando desmistifica essa afirmativa de forma divertida e um pouco dramática para ao final corrobora-la.

            Inspirado pelo best seller de Heidi Murkoff, e com um elenco estrelado, o filme apresenta quatro histórias abordando a gravidez.  Autora sobre assuntos relacionados à gravidez (Elizabeth Banks, ótima e grande destaque do filme) finalmente consegue engravidar, mas vai à loucura. Enquanto isso seu marido(Bem Falcone), tem que lidar com a relação mal resolvida com seu competitivo e milionário pai (Dennis Quaid) que também está para ter gêmeos. Apresentadora de um programa de fitness (Cameron Diaz, mais musculosa e contida do que o normal) engravida de um companheiro de profissão (Matthew Morrison) e vive se desentendendo com o mesmo acerca dos assuntos sobre o futuro filho. Jovem (Anna Kendricks) acaba engravidando de uma antiga paquera de infância (Chance Crawford) após um único encontro e precisa se adaptar a esta situação. Por fim, casal (Jennifer Lopez e Rodrigo Santoro, cada vez mais à vontade em Hollywood) decide participar de um programa de adoção de crianças da África ainda que o marido tenha suas dúvidas sobre a paternidade.

            Por se tratar de um longa que apresenta histórias variadas, ocorre o comum fato da irregularidade entre elas. Seja na qualidade. Seja no tratamento. A história da personagem de Elizabeth Banks é de longe a mais divertida e bem realizada. Como ‘bônus” ainda há a presença engraçadíssima de Rebel Wilson (uma espécie de Jonah Hill feminina) como sua assistente. A contraposição entre seu desespero e a tranqüilidade da esposa de seu sogro (Brooklyn Decker) também rende bons momentos. Já a trama encabeçada por Anne Kendricks é a mais dramática e sensível e também recebe um tratamento competente ainda que seja a que menos tenha tempo de tela.

            Por outro lado, a parte destinada ao drama do casal postulante à adoção, padece da falta de empatia de ambos (principalmente de Lopez) e só se salva pelas cenas divertidíssimas nas quais Santoro acompanha um grupo de pais (encabeçado por um Chris Rock surpreendentemente sem nenhum exagero) experientes no “batente” da paternidade. A história liderada por Cameron Diaz é extremamente sem graça e razão de existir ainda que esta se apresente muito bem.

            Mesmo oscilando entre drama e comédia e entre boas histórias e outras não tanto inspiradas, o filme diverte e com certeza na platéia mães e pais experientes vão se identificar em algum momento.  Destaque também para caprichada edição que abusa de algumas trucagens interessantes entre algumas trocas de cenas.

            Sem nenhuma conotação sexista, deve se destacar, também, o curioso fato de que em um filme que é baseado em um romance escrito por uma mulher e roteirizado por roteiristas mulheres, apresenta as protagonistas como dominadoras e/ou neuróticas.

            O Que Esperar Quando Você Está Esperando, ainda que padecendo de certa irregularidade, é um filme agradável ao abordar de forma divertida e dramática o caminho da gravidez, maternidade e paternidade.

           
            Cotação: (3/5)

            Ficha técnica: O Que Esperar Quando Você Está Esperando (What To Expect When You´re Expecting, USA, 2012). Drama. Comédia. Romance. Direção: Kirk Jones. Elenco: Jennifer Lopez, Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Anna Kendricks, Rodrigo Santoro, Chris Rock, Dennis Quaid. Duração: 110 min.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

...CINEMA. Opiniões # 43 - Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge


...CINEMA
Opiniões #43 – Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, USA, 2012).
Por Marlon Fonseca



            Com este Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, encerra-se a trilogia e visão de Christopher Nolan sobre o personagem, iniciada em 2005 com Batman Begins e seqüenciada com Batman – O Cavaleiro das Trevas lançado em 2008.

            Nesta derradeira história, oito anos se passaram e Bruce Wayne está “aposentado” do manto do herói e vive recluso em sua mansão após os eventos finais do filme anterior. Porém uma ameaça que promete trazer o caos à Gotham o obriga a trazer Batman novamente à ação.

            Como em suas outras obras, o cineasta entrega, mais uma vez, um cinema de entretenimento de qualidade e com víes artístico. Mais do que centrar na ação ele foca no drama, desenvolvimento e relacionamento entre os personagens. É impressionante e admirável como em um filme de quase três horas de duração[1] não há espaço para qualquer tipo de “barriga”. Toda cena, diálogo, personagem e/ou objeto tem um porque dentro da trama e em algum momento isso se fará perceptível. A ligação com os filmes anteriores é importante e muito bem trabalhada.

            Desde o primeiro filme há o alerta que as escolhas que Bruce Wayne fez em sua caminhada têm ou terão efeitos em sua vida, na de seus amigos ou na cidade que jurou proteger. Seja na “escalada de vilões” que Gordon avisara ao fim do primeiro filme e se mostrou visível no segundo com a força da natureza personificada pelo Coringa[2] ou aonde ela o levaria e de como terminaria de fato, nos diálogos de alerta da figura paterna do Alfred.

Além da responsabilidade e efeitos de seus atos toda a trilogia possui subtramas. Em Batman Begins a subtrama era o medo. Já em O Cavaleiro das Trevas era sobre escolhas e as suas conseqüências. Já neste há a dor e sua superação como fio condutor.
           
 Trata-se do episódio mais dramático e denso da trilogia. Seja na gravidade e sensação de caos e pressa que a ameaça que ronda Gotham representa. Seja na forma de como os relacionamentos antigos e novos vão se desenvolvendo.

Nada disso seria possível, contudo, sem um elenco competente. Mas a equipe de atores que se formou em toda trilogia é quase que irretocável[3]. Os antigos intérpretes mantiveram a sua excelência e tiveram que dosa-los com novos sentimentos e situações de seus personagens. Bale continua administrando com maestria todas as nuances e psiques do protagonista. Michael Chaine brilha com seu Alfred, aqui responsável pelos momentos e diálogos mais dramáticos. Gary Oldman que há tempos merece uma prêmio por toda a sua carreira lida com gosto de se ver com seu Comissário Gordon atormentado pela sua mentira. Somente Morgan Freeman, que dispensa apresentações e elogios, não recebeu muitos novos detalhes com seu Lucius Fox, mas continua o defendendo bem.

Já as novas aquisições do elenco seguem a linha de excelência. Para começar Anne Hathaway afasta toda e qualquer desconfiança da parcela do público que a considerava inapta para o papel. Sua mulher-gato, mas do que apenas um fetiche ambulante é cheia de variáveis psicológicas sendo uma pária social tal qual, e porque não, o Batman. As cenas entre ela e o homem-morcego são muito interessantes e sempre de alguma maneira os diálogos abordam esta ligação entre ambos.

Joseph Gordon-Levit e Marion Cotiliard (que trabalharam com o diretor, no também, brilhante A Origem) possuem personagens que receberam pouco tratamento nos materiais de divulgação, mas são de suma importância para a trama. Ambos se saem bem em sua tarefa.

Por fim e não menos importante chegamos ao Bane de Tom Hardy, que, assim como Heath Ledger, desaparece por detrás de seu vilão. Anárquico, metódico, dotado de um visual e uma voz assustadores apresenta-se como o inimigo definitivo do herói. O arauto do caos de Gotham é um adversário equivalente tanto mental como fisicamente.

O primeiro embate entre ambos mostra isso claramente e é contundente o fato de nesta seqüência não haver qualquer música ao fundo, tornando-a ainda mais dramática, visceral e emblemática.

Além do roteiro bem delineado e do elenco competente, os demais aspectos técnicos seguem na linha da impecável execução. Os efeitos especiais continuam sendo utilizados apenas e tão somente para o desenvolvimento da história. Continuam a emular, o maximo possível, a visão realista que o diretor empregou ao Batman.

Neste aspceto, deve ser destacada ainda a escala grandiosa das cenas de ação. Ainda não empolgado com a tecnologia em 3D, Nolan prefere a filmagem com as câmeras especiais próprias para a exibição em IMAX. Mesmo não sendo visto neste formato, é perceptível esse toque. Os ávidos por cenas de ação, porém, podem se decepcionar um pouco, pois estas são pontuais e não gratuitas.[4] O que não é demérito nenhum diga-se de passagem.

Outro aspecto digno de nota é quanto à trilha sonora. Criada por Hans Zimmer, á frente de toda a trilogia[5] que de forma triunfante ambienta todo o longa.

Mas a “cereja do bolo” é a parte final do filme que encerra magistralmente não só o longa, mas toda a trilogia de forma triunfal. E o mais importante orgânica e dentro de todo o sentido proposto nesta visão sobre o personagem. É épica, dramática e emocional. [6]

E assim é o ato final dessa fase do Batman no cinema. A visão de Nolan e sua equipe termina por aqui de forma marcante não só dentro do gênero mas na própria história do cinema ante a sua visível qualidade. Outra equipe e sob outro enfoque certamente em breve trarão o personagem de volta aos cinemas. Por enquanto celebremos esse encerramento da forma como merece. Aos aplausos entusiasmados ao fim da sessão.


Cotação: (5/5 - 9,5/10)

Ficha Técnica: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, USA, 2012). Drama. Ação. Direção: Christopher Nolan. Elenco: Christian Bale, Michale Caine, Anne Hathaway, Gary Oldman,Tom Hardy, Marion Cotillard, Joseph Gordon-Leviit, Morgan Freeman. Duração: 164 min.


[1] Duas horas e quarenta e cinco minutos para ser mais exato.
[2] Um “ser” que “só queria ver as coisas queimarem” ,sem motivo lógico qualquer.
[3] Katie Holmes em Batman Begins foi a exceção.
[4] Também é o filme que o herói aparece por menos tempo fantasiado.
[5] Que dividiu a tarefa no primeiro filme com James Newton Howard.
[6] O último diálogo entre Batman e Gordon chega a ser lírico.



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Especial Batman:

            Quem está acompanhando o nosso "Especial Batman" está gostando e em breve teremos mais textos abordando as varías facetas do personagem em todas as mídias que já marcou presença. Ainda não conferiu? Basta acessar este link

Dicas da Semana Especial Batman - Guia de Quadrinhos Importantes


Dicas da Semana Especial Batman – Guia de quadrinhos importantes
Por Marlon Fonseca




            O sinal reluzente que toma as noites de Gotham também aportou o nosso Dicas da Semana. Como hoje é a estréia de Batman – o Cavaleiro das Trevas Ressurge, continuamos com o nosso “Especial Batman” indicando as principais histórias em quadrinhos do homem morcego para quem as desconhece e deseja se aprofundar mais sobre o personagem em sua mídia de origem.


Batman Crônicas: Seguindo a linha da Marvel Masterworks (Biblioteca Histórica Marvel), a coleção crônicas da DC é uma série de encadernados contendo as primeiras histórias de seus personagens. Nela, o leitor poderá ter acesso à origem do Batman e de importantes personagens e vilões. No Brasil já foram lançados dois volumes.








Batman – O Cavaleiro da Trevas: Considerada por muitos a maior história do herói. Em um futuro alternativo criado por Frank Miller, um envelhecido Bruce Wayne ainda combate o crime. Violento e dotado de um texto inteligentíssimo, é um verdadeiro clássico dos quadrinhos.









Batman – A piada Mortal: A história que divide com O Cavaleiro das Trevas o posto de mais aclamada do herói. Alan Moore capricha no aspecto psicológico da relação entre Batman e Coringa, apresentando pela primeira vez, inclusive, a origem deste. Além disso, há um evento que se refletia até pouco tempo na cronologia principal do herói. Imperdível. Serviu como inspiração para O Cavaleiro das Trevas.






Batman – Ano Um: Também de Frank Miller. Esta Graphic Novel desvenda o primeiro ano do herói no combate ao crime. Foca também no relacionamento entre o Batman eo comissário Gordon, que tem uma trama à parte. Serviu de inspiração para Batman Begins e possui uma animação em longa metragem inspirada nela.









Batman Asilo Arkhan: Grant Morrison escreveu esta cultuada Graphic Novel onde os vilões tomam de assalto o Asilo Arkhan e o Batman tem que invadi-lo para restaurar sua “paz”. A batalha, porém, é mais psicológica do que física. Destaque também para a elegante arte de Dave Mckean.









O Longo dia das Bruxas: O vilão feriado cujo modus operandi é praticar crimes em feriados importantes, atormenta Gotham e a família mafiosa dos Falconi. Escrita por Jeph Loeb ela aborda ainda o relacionamento entre Batman, comissário Gordon e o promotor público Harvey Dent (que mais tarde se transformaria no vilão Duas Caras). Serviu de inspiração tanto para Batman Begins como para Batman – O Cavaleiro das Trevas.







A Queda do Morcego: Após o sucesso comercial de A morte do Superman, a DC decidiu fazer uma mega-saga com o seu mais bem-sucedido personagem. Nela, é introduzido o misterioso vilão Bane, que com um plano que resultou no esgotamento físico e mental de Batman quebra a sua coluna obrigando-o a achar um substituto. É um arco de histórias muito grande e que foi lançado e que pode se encontrado em uma série de três encadernados. Serviu de inspiração para o filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge.







Terra de Ninguém: Outro arco grande no qual a cidade de Gotham é atingida por um terremoto e fica sitiada. Caótica, ela passa a ser dividia por territórios demarcados por alguns dos vilões mais perigosos. Parece que o filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge também terá uma leve inspiração neste arco.









Morte em Família: Uma das HQ´s mais polêmicas do herói. Em 1988 a DC comics promoveu uma votação entre os leitores para sela o destino do segundo Robin, Jason Todd. Em uma das histórias mais dramáticas e violentas da “carreira” do herói, principalmente no seu último ato, Jason é brutamente assassinado pelo Coringa.









Silêncio: Uma das sagas “modernas” mais famosos do herói com a fantástica arte de Jim Lee e roteiro de Jeph Loeb. E, um arco de doze histórias, todos os principais vilões do herói (e o Superman) aparecem. Mas o destaque mesmo fica por conta da primeira aparição do vilão Silêncio e o retorno do então falecido Jason Todd.









O Filho do demônio: História clássica do herói que se alia ao seu vilão Ra´s Al Ghul para investigar o assassinato da esposa deste. Nela, ele se envolve com sua filha, Thalia Al Ghul em um ato que repercute até hoje na vida do herói.









Batman e Filho: Encadernado que reúne o arco escrito por Grant Morrison que apresenta Damian o filho do Batman resultado do envolvimento com Thalia Al Ghul. Damian, dotado de uma habilidade e inteligência ímpar, mas de um temperamento explosivo e arrogante, atualmente é o novo Robin.









São muitas histórias ao longo de mais de sete décadas de vida do herói, mas estas são pedras fundamentais em sua história.

BOA LEITURA
BOM FINAL DE SEMANA
E BOM DIVERTIMENTO!!!



quinta-feira, 26 de julho de 2012

...SÉRIES. Os seriados do Batman - parte 1


...SÉRIES
As séries do Batman – parte 1
Por Marlon Fonseca





            Antes de fazer sucesso com produções cinematográficas de alto orçamento e arrecadação, o homem-morcego teve alguns seriados que foram difundidos tanto nos cinemas como na televisão.

           
Seriados do Cinema.

            Antigamente era muito comum que nos cinemas a projeção de seriados e noticiários. O Batman, assim como seu “colega” Superman, teve algumas produções neste sentido durante a década de 40.

            O primeiro cine-seriado do super-herói em 1943, intitulado de Batman: O Homeme-morrcego trazia Batman e Robin enfrentando um agente japonês intitulado Daka cujo objetivo era formar um exército para atacar os Estados unidos(lembrando que era a época da Segunda Guerra...daí um inimigo japonês). Não era lá muito fiel ao personagem e algumas liberdades criativas incomodam, mas foi a primeira aparição do Homem-morcego nas telas. Teve 15 capítulos e foi distribuído pela Columbia.

         


  Em 1949, outro seriado aportou aos cinemas no mesmo formato de divisão em 15 episódios e intitulado de Batman e Robin (alguns também o chamam de A volta do Homeme-morcego). Dessa vez a dupla dinâmica enfrenta outro vilão inédito: o Mago. Também com cunho militar e reflexo da época, o vilão possuía um raio da morte com poder similar ao de uma bomba nuclear.





O Seriado da Década de 60.

            Mas o seriado mais famoso (ou infame para alguns) foi o desenvolvido pela rede de televisão americana ABC e intitulada apenas como Batman. Vinculado entre os anos de 1966 e 1968 a série é objeto de culto até hoje.

            Nela, Batman (Adam West) e Robin (Burt Ward) travaram batalhas contra os clássicos vilões de quadrinhos. Este eram interpretados por grande nomes da época como César Romero (Coringa), Frank Gorshin (Charada), Julie Newmar (e sua marcante Mulher-gato), Vincent Price (cabeça de ovo) e Burgess Meredith (como o Pingüim). Foram 120 episódios.

            Declaradamente cômica, a série é marcada de várias curiosidades e situações interessantes. A música tema, por exemplo, é lembrada até hoje. A utilização de onomatopéias também é um fato que a marcou.

Mas os aspectos “toscos” é o que acabam sobressaindo como a visível falta de forma do homem-morcego, o bigode do Coringa (Romero não aceitou raspar seu marcante bigode para o papel) e algumas cenas “clássicas” como no episódio que dança drogado e desengonçado e a utilização do “bat-repelente de tubarão” no filme oriundo da série.

            É uma série que divide opiniões entre os fãs até hoje. Apesar de ser inegavelmente divertida, muitos não gostaram do tratamento cômico e alegre ao personagem, afastando seu lado sombrio. Independente da opinião a seu respeito ela foi marcante para várias gerações.
           
           
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Na parte 2, veremos os seriados de animações com o personagem.
            

Cenas de Cinema Especial - O Batman de Nolan


Cenas de Cinema Especial – A versão de Christopher Nolan para o Batman.
Por Marlon Fonseca



            Ante ao fiasco de Batman e Robin, o estúdio Warner (detentor da DC comics e, em razão disso, dos direitos do Batman), ficou sem saber como abordar novamente seu lucrativo e popular personagem nos cinemas.

            Depois de muitos projetos, especulações, fora anunciada a contratação do então ascendente diretor inglês Christopher Nolan para a produção de que prometia uma nova versão do personagem intitulada Batman Begins. Conforme o nome indica, a origem do personagem foi retratada sob outro enfoque, da forma mais realista possível, dando assim início a uma nova fase do homem-morcego nos cinemas.

            Nunca esquecendo o desenvolvimento dos personagens, o filme aborda os anos de treinamento que Bruce Wayne se impôs para a sua formação como combatente ao crime. E mesmo tomando liberdades criativas e inovando em muitos aspectos, é visível a inspiração de histórias e sagas clássicas como Batman: Ano Um e O Longo dia das Bruxas.

            Assim, sob esta ótica, o público e os fãs tiveram contato com o Batman mais palpável e fiel possível (a atuação marcante de Christian Bale faz toda a diferença). Um Batman que inflige medo aos adversários, determinado e atormentado pela escolha de vida que faz. E sua primeira aparição no filme, impondo sua voz grossa e visual assustador para um bandido fez os fãs enlouquecerem e constatarem estar diante do personagem de fato.

O medo, aliás, é uma das subtramas mais claras e interessantes do filme. Afinal de contas, e em uma cena já clássica que lembraremos agora, Bruce Wayne explica ao Alfred o porquê de vestir-se de Homem-morcego: “Morcegos me assustam. Está na hora de meus inimigos partilharem desse pavor”. A utilização do Espantalho como um dos vilões só reforçam esta ideia.

          Em razão do merecido sucesso de Batman Begins, sua continuação imediatamente passou a ser prioridade da Warner e foi objeto de demanda por todos. E, quando finalmente lançada em 2008, se apresentou não somente superior ao primeiro filme como uma das maiores obras do cinema.

         Assumidamente inspirado em Fogo Contra Fogo de Michael Mann (e observa-se esta inspiração principalmente em sua estrutura narrativa e ligação entre os personagens), Batman- O Cavaleiro das Trevas é cercado de infinitas qualidades. Trata-se de uma das grandes obras do cinema moderno indo muito além do gênero “filme de super-herói”.

            Com mais liberdade criativa e orçamento, Nolan orquestrou mais do que um filme de ação. Trata-se de um drama policial ambientado em sua Gotham City realista. O cuidado ao tratamento e ligação entre todos os personagens é ímpar, fruto de um roteiro extremamente bem trabalhado.

            E não dá para falar deste filme sem falar da presença marcante do Coringa. Em primeiro lugar destaca-se a assombrosa atuação de Heath Ledger. Toda a sua composição (voz, gestuário, etc) para o personagem é impecável ao ponto de já nos primeiros minutos de projeção ele “sumir” por detrás do personagem. Além disso, a visão do Nolan sobre o palhaço do crime e seu relacionamento é claramente inspirada em uma das mais clássicas histórias do homem-morcego, a Graphic Novel A Piada Mortal. Nela, Batman e Coringa são lados de uma mesma moeda. Um não vive sem o outro. “Você me completa” diz o Coringa na fantástica seqüência de interrogatório na delegacia de Gotham.
           
            Um filme marcante que termina com Batman se tornando um renegado e encarando o peso de suas escolhas.

            Estriou na semana passada nos EUA e chega neste fim de Semana no Brasil O Cavaleiro das Trevas Ressurge que encerra esta visão do Nolan que marcou a história do Batman e do cinema.


terça-feira, 24 de julho de 2012

O Batman no cinema


...CINEMA
...ESPECIAL BATMAN
O Batman no Cinema
Por Marlon Fonseca



            O Homem-morcego conta, ao longo das décadas, com vários filmes lançados com enfoques completamente diferentes sobre ele.

Sua primeira aparição nas telas de cinema na verdade foi em forma de série, fato que iremos tratar em outra ocasião[1].Aqui vamos nos ater ao tratamento dado ao personagem por três diretores distintos que dividiremos em fases.



Fase Tim Burton: No final da década de 80 e início da de 90, as adaptações para os cinemas de personagem oriundos de história em quadrinho não gozavam do prestígio que têm atualmente. Os estúdios Warner, detentora dos direitos da DC Comics e do personagem, achou que já era hora de explorar o homem-morcego nesta mídia. Para tanto chamou o diretor Tim Burton, bastante identificado por filmes de atmosfera gótica.

            Intitulado apenas como Batman e lançado em 1989, com uma esmagadora campanha de marketing, que criou parâmetros de divulgação utilizados até hoje nesse sentido, e tendo (o contestado) Michael Keaton como Bruce Wayne/Batman e o astro Jack Nicholson como o arquiinimigo Coringa. O interesse amoroso do herói, a jornalista Vicky Vale, foi interpretada pela estonteante Kim Basinger. O visual gótico de Gothan City, em uma direção de arte muito bem caprichada, a trilha sonora marcante de Danny Elfman e as figuras do herói e do Coringa (que no filme fora responsável pela morte dos pais de Bruce, o que não ocorre nos Quadrinhos) transformam um filme em um grande sucesso de público e crítica.

            Em razão desse sucesso todo e com uma pressão do próprio público por uma continuação, Batman –O Retorno estréia em 1982 agora trazendo a Mulher-Gato e o Pingüim como vilões em atuações espetacular de Michelle Pfeifer e Danny Devito respectivamente.

            A direção de arte e o aspecto sombrio apresentaram-se ainda mais carregadas nesta continuação o que foi objeto de restrições por algumas pessoas. Em razão disso, Burton considerou sua “missão” cumprida e passou a atuar apenas como produtor dos longas seguintes terminando esta fase e começando a próxima.




Fase Joel Schumacher: A fase cinematográfica mais contestada do homem-morcego. Assustada com as criticas sofridas pelo caminho sombrio trilhado por Tim Burton, a Waner decidiu atenuar este aspecto. Para isso chamou o diretor Joel Schumacher.

            Batman Eternamente, de 1995, dá início a esta nova fase mesclando o lado sombrio com o aspecto mais leve do famoso seriado da década de 60[2]. Val Kilmer substituiu Michael Keaton no manto/armadura do herói e há a inclusão do Robin (Chris O´Donnel). Os vilões foram interpretados, histrionicamente, por Jim Carrey e Tommy Lee Jones. O filme ainda contava com uma Nicole Kidman no auge da beleza como interesse amoroso de Bruce Wayne. Foi o maior sucesso comercial do personagem até então.

            Diante do sucesso do anterior, a Warner e Schumacher achavam que tinha “achado o caminho”,[3] mas o que aconteceu foi que a coisa degringolou de vez em Batman e Robin de 1997. George Clonney, um astro em ascensão foi o Batman da vez e Scwarzenneger fez de tudo até conseguir o papel de Sr. Frio. Um filme extremamente caricato, com um personagem descaracterizado e excessivamente apelando para um lado cômico infame ("Bat-cartão de crédito"???). Se junta a isso uma “mistureba” danada de heróis e vilões e chegamos a uma das piores adaptações de histórias em quadrinhos de todos os tempos e o pior filme do Batman.





Fase Christopher Nolan: Ante a tragédia e fracasso resultantes de Batman e Robin a Warner ficou anos sem saber o que fazer com seu famoso e lucrativo personagem. Depois de vários projetos em estudo deu-se início a fase Nolan que terá tratamento em um texto especial amanhã.







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Batman Dead End (Fan Film): O personagem também é alvo constante de filmes em curta metragem feitos por fãs, conhecidos como fan films. O Mais famoso dele é Batman Dead End. Dirigido por Sandy Corolla, técnico de efeitos especiais, um Batman extremamente bem caracterizado enfrenta o Coringa e mais dois "vilões-surpresa" em um beco de Gothan. O filme fez tanto sucesso que Corolla chegou a ser cogitado para reinicar a franquia do morcego após o fracasso de Batman e Robin, algo que não ocorreu na prática. Veja o filme abaixo na íntegra.







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Curiosidades:
Evolução dos uniformes ao longo dos anos tanto nos seriados (primeira linha) quanto no cinema


Batmoveis



[1] . Também há um longa metragem oriunda da série da década de 60 que será apreciado em outra ocasião.
[2] Que será objeto de apreciação em um futuro texto.
[3] Tanto que a Waner já estava com o projeto de mais um filme engatilhado. Com o espantalho como vilão.