ESPECIAL
Opiniões Especial – Os Vingadores (versão fã)
Cuidado! Este texto contém informações que podem
estragar algumas surpresas de quem ainda não viu o filme!!!!!
Na Sexta, dia 27, o filme Os Vingadores foi conferido e
“opinado” aqui no “Falando de...”. Na ocasião tentei ser mais objetivo e imparcial.
Conforme prometido este texto é a minha visão do filme como fã de quadrinhos de
longa data.
Aprecio
quadrinhos desde criança e os super-heróis sempre fizeram parte da minha vida
e, felizmente, ainda fazem. É para mim, portanto, extremamente gratificante ver
o rumo que as adaptações de suas histórias para o cinema vêm levando. Ótimos
filmes estão saindo e o mais importante: com a captação das nuances e o cuidado
no desenvolvimento da personalidade dos personagens. Afinal, tal qual os deuses
da grécia antiga, os super heróis são poderosos, porém falhos como todo e
qualquer ser humano.
E
foi, com extrema gratificação, que percebi que em Os
Vingadores novamente se teve essa visão. Logicamente, o
objetivo maior era a diversão e as cenas de ação. Mas, felizmente, houve um
cuidado em se estabelecer os conflitos e elos entre os personagens com cautela.
Nesse quesito o que mais me chamou a atenção foi a admiração e amizade mútua
estabelecida entre Tony Stark e Bruce Banner. Não foi surpresa no fim do filme,
portanto, que tenha sido justamente o Hulk que tenha salvado o Homem de Ferro
de sua queda livre.
Outro
fator que merece destaque foi que todos os acontecimentos dos filmes solo dos
personagens se encaixaram muito bem. Parecia realmente que se estava assistindo
uma daquelas sagas grandiosas das HQ´s com referências a outras histórias (só
faltou um balãozinho no canto da tela dizendo “como visto em...”).
Quanto
ao tom, apesar de conter alguns momentos que flertaram com o cartunesco e
muitos diálogos “engraçadinhos” o filme não soa bobo e infantilizado.
Quanto
aos personagens não dá para começar sem citar o Hulk. Ele roubou a cena. Na
minha sessão a única vez em que houve aplausos do público foi para ele. Curioso
ver que ele funcionou melhor no filme do grupo do que nos tratamentos solos
anteriores. E pela primeira vez de verdade conseguiu se ver o rosto do seu
intérprete na criatura digital. O Capitão América também foi outro que cresceu
muito neste filme. Ali eu vi o Steve Rogers que “conheço” há décadas. E no
campo de batalha e dando ordens a todos e organizando o grupo foi o momento que de fato
o Capitão surgiu como o líder definitivo da equipe. O Homem de Ferro do Downey
Jr. continua sendo muito cool e a
Scarlett Johansson sobe mais um degrau no status de musa. Mas todos sem exceção tiveram seu espaço para
brilhar.
Já
com relação ao Loki, sempre o considerei um vilão interessantes nos quadrinhos
e Tom Hiddleston já havia demonstrado talento em sua primeira interpretação no
filme do Thor. Mas em Os
Vingadores ele está menos contido e se saiu muito bem como o
vilão. A morte do Coulson além de servir como estímulo para a união do grupo
serviu também para deixar o público com mais raiva ainda do maligno semideus.
Duas
ausências sentidas? O clássico grito de “Avante Vingadores!!!” e o destino do
Caveira Vermelha. Esses acho que estão guardados respectivamente para Os
Vingadores 2 e Capitão América 2.
O
filme superou as expectativas. Como apaixonado por cinema e por quadrinhos eu
não poderia ter saído mais satisfeito. Aquele garotinho que lias as histórias e
as reproduzia com seus bonecos em sua casa, então, estava dando pulos de
alegria dentro de mim.