segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cenas de Cinema # 14 - V de Vingança

Cenas de Cinema # 14 - V de Vingança

Por Marlon Fonseca


   Nesses tempos de protestos e manifestações em todo o país, uma icônica máscara passou a integrar e ser um dos símbolos desse momento. Mas será que as pessoas realmente sabem o seu significado?

     Em V de Vingança, tanto na Graphic Novel, como no filme inspirado por ela, o protagonista, V, utiliza-se uma máscara de Guy Fawkes (Guido Fawkes) na composição de seu uniforme. O inglês Fawkes[1] era um dos participantes do movimento conhecido como a conspiração da pólvora, cujo objetivo era assassinar o rei protestante Jaime I e todos os membros do parlamento durante uma sessão no ano de 1605. Guy, por ser especialista em explosivos, era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados no ato, além de ser o responsável pela detonação que nunca ocorreu.
Ilustração de Guy Fawkes

            Preso, torturado e executado, Fawkes tornou-se uma lenda na história inglesa. E no dia 05 de novembro, data de sua captura, há na Inglaterra a tradicional “noite das fogueiras” para relembrar o “único homem que entrou no parlamento com intenções honestas”.[2]

            No filme, lançado em 2006, produzido pelos irmãos Wachawski de Matrix e dirigido por James McTiegue, apesar de inúmeras alterações com relação ao material original, acompanhamos V (Hugo Weaving) em sua luta contra o governo e pela liberdade ao mesmo tempo em que se envolve com uma garota da classe trabalhadora (Natalie Portman).



            O mais importante que fica da obra é a noção de que um homem pode mudar o mundo com seus atos (evidenciada na “antológica cena do dominó” mostrada abaixo). Seja, portanto você, caro leitor, a mudança que queira ver no mundo. Para isso não há a necessidade de bombas nem atos violentos e, sim, ações de honestidade e civilidade.




Nota: Nós aqui do blog apoiamos as manifestações, principalmente sai ideologia e sua possibilidade de mudança na mentalidade do povo brasileiro. Refutamos, porém, qualquer ato de violência praticado contra pessoas e propriedades públicas e privadas.



[1] Lembrando-se que a obra original escrita por Alan Moore se passa em uma Inglaterra alternativa.
[2] No filme há menção a canção
"Lembrai, lembrai, o cinco de novembro
A pólvora, a traição e o ardil;
por isso não vejo porque esquecer;
uma traição de pólvora tão vil"