...GAMES
Opiniões
#17 – The Amazing Spider-Man (PS3/XBOX 360)
Por Marlon
Fonseca
Figura
extremamente popular e carismática nos quadrinhos, cinema e games, Homem-Aranha
retorna em mais um game. A Activision, acreditando no potencial do aracnídeo, continua
a sua meta de lançar um game com o personagem por ano nesta geração[1].
Os resultados estavam sendo desfavoráveis ate a entrada da desenvolvedora
Beenox com o muito bom Spider-Man: Shattered Dimensions.
Em seu terceiro
título à frente do “amigão da vizinhança”, a empreitada agora é adaptar o novo
filme do herói O Espetacular Homem-Aranha
que estréia nos cinemas na semana que vem.
A
trama se passa logo após os eventos do filme. Nova York está sendo acometida
por um vírus e o aranha precisa correr contra o tempo para acabar com a
infecção. Para quem não gosta de ter nenhuma surpresa revelada fica a
recomendação para só jogar o game após o filme, pois logo em seu início já são
reveladas pelo menos três coisas importantes sobre o seu final.
A
mecânica é baseada (e muito) nos excelentes jogos da série Arkhan do Batman,
ainda que, logicamente, adaptadas à história e habilidades do personagem. O
combate dinâmico, a forma de evolução e progressão do personagem, o ângulo de
câmera, o tamanho dos personagens, e o fato de o uniforme se rasgar durante o
combate são claramente inspirados nos games do Homem-morcego[2].
Sendo assim,
há o retorno do herói ao estilo sandbox
(ou mundo aberto se preferirem). Além das “missões principais” que fazem parte
da história do game, e ao longo do mapa existem missões secundárias como salvar
cidadãos de assaltos, perseguir carros de bandidos em fuga (bacana), tirar
fotografias que implicam na responsabilidade da Oscorp, invasão de laboratórios
da empresa para investigação, carregar cidadão infectados para o hospital etc. Estas missões, infelizmente, são bastante
repetitivas. Todas as missões são fáceis de ser achadas no mapa, que por sinal,
não é muito grande.
Ainda pelos
cenários existem páginas de histórias em quadrinhos que, quando reunidas,
liberam quadrinhos clássicos do personagem para leitura no menu de extras. No
apartamento de um certo Stan[3],
ficam as informações da missões já realizadas e a opção para refaze-las para
coletar itens deixados para trás.
Além do
combate, há a opção de atacar os inimigos de forma stealth, também muito similar aos games Arkhan. Quando há muitos
inimigos em tela essa é a melhor opção ante a pequena energia do personagem e,
tal qual no jogo do homem-morcego, o ideal é movimentar-se bastante pelo cenário
para atordoar os inimigos. A movimentação é fluída e a implementação do Web Rush é essencial para esta fluidez,
Neste sistema, aperta-se o botão R1 (RB no XBOX360) e pode-se colocar
rapidamente o personagem nos locais do cenário ou atacar os inimigos. Assim, a
jogabilidade não apresenta nenhum mistério (ainda mais para quem já jogou os
games do Batman).
À medida que
se vai cumprindo as missões (tanto primárias e secundárias), defendendo inimigos
ou coletando as revistas, pontos de experiência são atribuídos e a cada vez que
se aumenta de nível, pode-se melhorar uma das habilidades de combate do herói.
Derrotando inimigos robóticos ou achando peças pelos cenários ajudam na
aquisição de tech points que podem
ser utilizados para melhorias nas habilidades com a teia e o uniforme do
aranha.
Perseguir veículos é uma das modalidades de missão secundária |
Ainda que com
nova roupagem[4] alguns
dos personagens clássicos do Aranha marcam presença nos games. Rhino, Rattus,
Escorpião e os esmaga-aranha de Alistair Smythe[5]
são alguma das “dores de cabeça” que o aracnídeo enfrentará. As batalhas contra
eles são diversificadas, mas, curiosamente, simples e pouco emocionantes (as
contra os robôs são mais bacanas).
A história
normal, a campanha, dura por volta de umas oito horas. Ao final do game ele
pode se tornar repetitivo, mas não aborrecido. Depois de terminada retorna-se
ao mapa para completar as missões secundárias e coleta das páginas de revistas
faltantes (uma missão bacana envolvendo uma certa Gata Negra também é
liberada). Após isso, porém, não há nada a fazer a não ser aguardar possíveis
DLC´s.
Os gráficos
estão bons principalmente o design do herói e a sua movimentação assim como as dos vilões. Outros personagens, porém, não receberam o mesmo capricho . Algumas
animações que aparecem durante as lutas ou em momentos importantes do jogo
também estão muito boas. Nova York também está bem bonita, mas repetitiva assim
como os demais cenários. A dublagem dos personagens, ainda que não feita pelos
atores do filme, é competente.
Uma animação bacana do jogo |
The Amazing Síder-Man apresenta-se como
um dos melhores games do Homem-Aranha já feito. Contém uma campanha razoável,
jogabilidade sólida, gráficos bons que vão fazer manter os jogadores ligados
até o final.
Cotação: (4/5)
Ficha técnica: The Amazing
Spider-Man (PS3/XBOX360). Ação. Produtora: Activision. Desenvolvedora:
Beenox. Data de Lançamento: 26 de Junho de 2012. Versão Testada: Playstation 3
Obs: - A caixa
do jogo vem dentro de uma “luva” metalizada e em alto relevo bonita e
caprichada.
- Na tela de
loading entre os capítulos existem mensagens dos “habitantes de NY” em uma
espécie de Twitter dando o clima da cidade e seus acontecimentos.
[1] 2007: Spider-man 3; 2008:
Spider-man: Friend or foe; 2009: Spider-man : Web of shadows; 2010: Spider-man:
shattered Dimensions; 2011: Spider-man: Edge of time.
[2] Que
recebe uma homenagem em uma divertida piada.
[3] Vocês
sabem quem né?
[4] No
univesro do game e do novo filme, a maioria dos vilões é ligada aos
experimentos iniciados pelo pai de Peter e continuado pelo Dr. Connors (o
Lagarto) para a Oscorp.
[5] Figura
importante no jogo.