sábado, 30 de junho de 2012

...GAMES. Opiniões #18 - Lego Batman 2: DC Super Herores


...GAMES
Opiniões # 18 – Lego Batman 2: DC Super Heroes (PS3/PS VITA/XBOX 360/WII//DS/3DS/PC)
Por Marlon Fonseca




            Os jogos da franquia Lego ainda gozam de muita credibilidade e vendagem[1]. Em uma mistura de estilo de plataforma e puzzles, o jogador deve interagir com os objetos dos cenários e montá-los ou remontá-los para poder avançar. O resultado é um tipo de jogo extremamente divertido e cativante para jogadores de todas as idades[2]. A sensação é de se estar verdadeiramente “brincando” com os bonecos, veículos e acessórios que preenchem a tela.

O fato de utilizarem personagens e consagrados, principalmente do cinema, aumentam ainda mais a diversão. É uma espécie de “visão Lego” sobre a obra adaptada. Trata-se de uma paródia destes filmes e personagens consagrados de forma bastante cômica.


Heróis...







...e vilões unidos.
 Neste Lego Batman 2: DC Super Heroes, temos o retorno do homem-morcego e do sei fiel escudeiro Robin em uma história inédita criada especificamente para o game. A dupla dinâmica desta vez contará, também, com o prestimoso auxílio de vários membros da Liga da Justiça como Superman, Lanterna Verde, Mulher Maravilha, Flash, dentre outros. Tudo isso para combater o amalucado Coringa que, aliado ao terrível Lex Luthor, elaboram (mais) um plano maligno para acabar de vez com os heróis.

A Estrutura, a mecânica e a jogabilidade são similares aos demais títulos da franquia. Pode ser jogado em co-op local, mas ainda não há a implementação de multiplayer online. Assim como no primeiro Lego Batman, os personagens têm à sua disposição uniformes e poderes com especialidades variadas que são fundamentais para a resolução dos puzzles. Salientando que os uniformes são diferentes da primeira edição.

E ainda há, mas espaços para algumas inovações. As fases agora estão separadas pelo mapa de Gothan[1] e devem ser alcançadas com o batmóvel ou outro veículo que estiver disponível ou desbloqueado (ou voando como o Superman e correndo como o Flash), emulando de forma bastante básica o estilo sandbox (ou mundo aberto). Além das tradicionais missões de plataforma e puzzles, há combates com veículos. Missões “secundárias” para enfrentamento e desbloqueio de vilões clássicos da DC vão aparecendo no mapa no decorrer do jogo. Há a inclusão, também, de salvamento no meio das fases, outra novidade na série.

O modo história é mais curto do que o padrão da série Lego. São 15 capítulos que podem ser completados por volta de umas 8 horas. Mas se engana que o game acaba por aí. Os ávidos por coleção terão que retornar aos capítulos no modo free play atrás de peças de ouro, peças de veículos, cidadãos em perigo para serem salvos, etc, precisando de novos personagens e novas estratégias o que aumenta a “vida útil” do game.

Ainda no campo das inovações, os personagens agora falam, substituindo os murmúrios que permeavam a franquia desde o seu início. E os diálogos são extremamente divertidos e a dublagem dos personagens competentíssima. Seguindo pelo aspecto sonoro, há o retorno do clássico tema de Danny Elfman e suas outras trilhas criadas para a versão do personagem do Tim Burton, com o acréscimo do icônico tema do Superman de John Willians. O problema, e isso acontece em todos os jogos da franquia Lego, é que a sua utilização acaba sendo por demais repetitiva.

Os estilos dos gráficos seguem o padrão da série e a Gothan versão Lego é bonita e diversificada. Ainda há capricho nos efeitos de luz, sombra, água, fogo e partículas. As cutscenes continuam divertidas e bem boladas.

Mesmo a franquia Lego apresentando sinais de pouca inovação ela ainda diverte. Lego Batman 2: DC Super Heroes é um dos melhores (senão o melhor) e mais prazerosos jogos dela e com certeza divertirá os jogadores de todas as idades.


Cotação:

Ficha técnica: Lego Batman 2: DC Super Heroes (PS3/PS VITA/XBOX 360/WII/3DS/PC). Ação, plataforma, puzzle. Desenvolvedora: Traveller´s Tale. Produtora: Warner Bros. Intereractive Entertaimente. Data de lançamento: 19 de Junho de 2012. Versão testada: Playstation 3


sexta-feira, 29 de junho de 2012

...CINEMA. Opiniões #35 - E aí...comeu?

...CINEMA
Opiniões #35 - E aí comeu? (Brasil, 2012)
Por Marlon Fonseca


           

            Baseado na peça de Marcelo Rubens Paiva, E aí...comeu? foca nos encontros costumeiros de três amigos, com idade entre trinta e quarenta anos, na mesa de um bar onde contam os seus problemas com mulheres e na vida e "filosofam" sobre os aspectos do relacionamento.

           Enquanto um desconfia que sua mulher está lhe traindo (Marcos Palmeira) , outro está em fase de "luto" pelo término de um casamento e se vê às voltas com os assédios de uma vizinha de dezessete anos (Bruno Mazzeo) e terceiro amigo está em crise criativa com relação ao livro que escreve e só consegue se envolver com prostitutas e mulheres casadas (Emilio Orciollo Neto).

          Esqueça porém, este fiapo de história. O filme só funciona mesmo nas cenas e diálogos travados na mesa do bar. Ali, o espectador é apresentado à conversas grosseiras e/ou despudoradas que com certeza o farão rir e se identificar em algum momento. As "filosofadas" do personagem de Marcos Palmeira, então, são bastante inspiradas. 

         Essas partes, porém, ficam mais restritas à primeira metade do longa que a partir daí tenta desenvolver melhor o fiapo das tramas dos amigos e falha absurdamente, pois são completamente desinteressastes ainda que o elenco esteja afiadíssimo e os personagens, mesmo sem muita profundidade, sejam bastante carismáticos.

           Desta forma, o filme acaba saindo-se bastante irregular resultando em mais sucessão de esquetes e perdendo força durante a sua projeção.

           Conforme falado, anteriormente, o elenco está afiadíssimo destacando -se um Marcos Palmeira interpretando com gosto e claramente se divertindo com o personagem. Emilio Orciollo também está ótimo e Mazzeo repete todos os seus trejeitos. Como destaque do elenco de apoio, além da sempre ótima presença de Dira Paes (como a esposa do personagem de Palmeiras) há uma participação divertida de Murilio Benício.

          E aí...comeu? consegue divertir o espectador em vários momentos mas falha miseravelmente ao tentar desenvolver uma trama pouco interessante. Começa muito bem e traz diálogos bastante irreverentes, personagens carismáticos e um ótimo, mas vai perdendo fôlego à partir de sua metade resultando em um filme divertido, porém irregular.

         Cotação: 

         Ficha técnica: E aí...comeu? (Brasil, 2012). Comédia. Direção: Felipe Joffily. Elenco: Marcos Palmeira, Emílio Orciollo Neto, Bruno Mazzeo, Dira Paes, Juliana Schalch, Laura Neiva, Tainá Muller. Duração: 100 min.

 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dicas da Semana #19 - 28/06/2012

Dicas da Semana # 19- 28/06/2012
Por Marlon Fonseca



            Aquecimento para a luta do século no UFC, a volta da turma da Era do Gelo e de Woody Allen nos cinemas, Homem-Aranha arrasando nos games e dicas de filme em DVD/Blu-ray e Netflix estão no "Dicas" desta semana.



CINEMA:

A Era do Gelo 4: Mais uma vez dirigida pelo Brasileiro Carlos Saldanha, a turma da Era do Gelo tem que enfrentar um cataclismo continental.









Para Roma com amor: Woody Allen continua com sua “fase européia” e dessa vez conta várias histórias na cidade italiana.













DVD/Blu-Ray:

Anderson Silva: Como água: Já está nas locadoras e lojas este documentário sobre o lutador Anderson Silva. Além de focar na história da sua carreira, ele mostra o treinamento do “Spider” para a primeira luta contra o falastrão Chael Sonnen.







Shame: O ator em ascensão do momento, Michael Fassbender, interpreta um ninfomaníaco que, além de lidar com as conseqüências de seu vício ainda tem que enfrentar a relação conturbada que possui com sua irmã.








A Perseguição: O sempre competente Liam Neson está à frente de um grupo de sobreviventes de um acidente de avião que precisa enfrentar uma terrível manada de lobos.











Netflix:

UFC 117: Ainda no aquecimento para a luta que promete parar o mundo, assista ou reveja o primeiro embate entre Silva e Sonnen.










O Enigma do Outro Mundo: clássico de ficção científica e terror dirigido por John Carpenter. Expedição de cientistas na Antártida se depara com um perigo desconhecido.









Terror em Silent Hill: Uma das maiores adaptações de games paras telas já feita. Mantendo  o clima e a trilha sonora de uma das maiores franquias de terror dos games, o filme conta a história de uma mulher que, após um acidente de carro, precisa encontrar sua desaparecida filha na misteriosa cidade de Silent Hill.








S.O.S – Tem um louco solto no espaço: Divertidíssima sátira de Star Wars dirigida por Mel Brooks que completou nesta semana 25 anos. Para ver e rever.












GAMES:

The Amazing Spider-Man (PS3, XBOX 360): O novo filme do Homem-Aranha só será lançada na semana que vem ,mas o jogo baseado nele já saiu e é muito bom.
            Confiram a sua análise clicando aqui









Spec Ops: The line (PS3, XBOX 360, PC): Jogo de tiro em terceira pessoa onde um esquadrão precisa sobreviver a uma incursão em Dubai. O game utiliza-se do recurso de escolhas morais para alterar a sua caprichada história.
            Em breve o “Falando de..” comentará sobre este game.





quarta-feira, 27 de junho de 2012

...GAMES. The Amazing Spider-Man (PS3/XBOX 360)


...GAMES
Opiniões #17 – The Amazing Spider-Man (PS3/XBOX 360)
Por Marlon Fonseca




            Figura extremamente popular e carismática nos quadrinhos, cinema e games, Homem-Aranha retorna em mais um game. A Activision, acreditando no potencial do aracnídeo, continua a sua meta de lançar um game com o personagem por ano nesta geração[1]. Os resultados estavam sendo desfavoráveis ate a entrada da desenvolvedora Beenox  com o muito bom Spider-Man: Shattered Dimensions.

            Em seu terceiro título à frente do “amigão da vizinhança”, a empreitada agora é adaptar o novo filme do herói O Espetacular Homem-Aranha que estréia nos cinemas na semana que vem.

            A trama se passa logo após os eventos do filme. Nova York está sendo acometida por um vírus e o aranha precisa correr contra o tempo para acabar com a infecção. Para quem não gosta de ter nenhuma surpresa revelada fica a recomendação para só jogar o game após o filme, pois logo em seu início já são reveladas pelo menos três coisas importantes sobre o seu final.



            A mecânica é baseada (e muito) nos excelentes jogos da série Arkhan do Batman, ainda que, logicamente, adaptadas à história e habilidades do personagem. O combate dinâmico, a forma de evolução e progressão do personagem, o ângulo de câmera, o tamanho dos personagens, e o fato de o uniforme se rasgar durante o combate são claramente inspirados nos games do Homem-morcego[2].

Sendo assim, há o retorno do herói ao estilo sandbox (ou mundo aberto se preferirem). Além das “missões principais” que fazem parte da história do game, e ao longo do mapa existem missões secundárias como salvar cidadãos de assaltos, perseguir carros de bandidos em fuga (bacana), tirar fotografias que implicam na responsabilidade da Oscorp, invasão de laboratórios da empresa para investigação, carregar cidadão infectados para o hospital etc.  Estas missões, infelizmente, são bastante repetitivas. Todas as missões são fáceis de ser achadas no mapa, que por sinal, não é muito grande.
 
Ainda pelos cenários existem páginas de histórias em quadrinhos que, quando reunidas, liberam quadrinhos clássicos do personagem para leitura no menu de extras. No apartamento de um certo Stan[3], ficam as informações da missões já realizadas e a opção para refaze-las para coletar itens deixados para trás.

Além do combate, há a opção de atacar os inimigos de forma stealth, também muito similar aos games Arkhan. Quando há muitos inimigos em tela essa é a melhor opção ante a pequena energia do personagem e, tal qual no jogo do homem-morcego, o ideal é movimentar-se bastante pelo cenário para atordoar os inimigos. A movimentação é fluída e a implementação do Web Rush é essencial para esta fluidez, Neste sistema, aperta-se o botão R1 (RB no XBOX360) e pode-se colocar rapidamente o personagem nos locais do cenário ou atacar os inimigos. Assim, a jogabilidade não apresenta nenhum mistério (ainda mais para quem já jogou os games do Batman).

À medida que se vai cumprindo as missões (tanto primárias e secundárias), defendendo inimigos ou coletando as revistas, pontos de experiência são atribuídos e a cada vez que se aumenta de nível, pode-se melhorar uma das habilidades de combate do herói. Derrotando inimigos robóticos ou achando peças pelos cenários ajudam na aquisição de tech points que podem ser utilizados para melhorias nas habilidades com a teia e o uniforme do aranha.
Perseguir veículos é uma das modalidades de missão secundária

Ainda que com nova roupagem[4] alguns dos personagens clássicos do Aranha marcam presença nos games. Rhino, Rattus, Escorpião e os esmaga-aranha de Alistair Smythe[5] são alguma das “dores de cabeça” que o aracnídeo enfrentará. As batalhas contra eles são diversificadas, mas, curiosamente, simples e pouco emocionantes (as contra os robôs são mais bacanas).

A história normal, a campanha, dura por volta de umas oito horas. Ao final do game ele pode se tornar repetitivo, mas não aborrecido. Depois de terminada retorna-se ao mapa para completar as missões secundárias e coleta das páginas de revistas faltantes (uma missão bacana envolvendo uma certa Gata Negra também é liberada). Após isso, porém, não há nada a fazer a não ser aguardar possíveis DLC´s.

Os gráficos estão bons principalmente o design do herói e a sua movimentação assim como as dos vilões. Outros personagens, porém, não receberam o mesmo capricho . Algumas animações que aparecem durante as lutas ou em momentos importantes do jogo também estão muito boas. Nova York também está bem bonita, mas repetitiva assim como os demais cenários. A dublagem dos personagens, ainda que não feita pelos atores do filme, é competente.

Uma animação bacana do jogo


The Amazing Síder-Man apresenta-se como um dos melhores games do Homem-Aranha já feito. Contém uma campanha razoável, jogabilidade sólida, gráficos bons que vão fazer manter os jogadores ligados até o final.

Cotação:  (4/5)

Ficha técnica: The Amazing Spider-Man (PS3/XBOX360). Ação. Produtora: Activision. Desenvolvedora: Beenox. Data de Lançamento: 26 de Junho de 2012. Versão Testada: Playstation 3

Obs: - A caixa do jogo vem dentro de uma “luva” metalizada e em alto relevo bonita e caprichada.

- Na tela de loading entre os capítulos existem mensagens dos “habitantes de NY” em uma espécie de Twitter dando o clima da cidade e seus acontecimentos.


[1] 2007: Spider-man 3; 2008: Spider-man: Friend or foe; 2009: Spider-man : Web of shadows; 2010: Spider-man: shattered Dimensions; 2011: Spider-man: Edge of time.
[2] Que recebe uma homenagem em uma divertida piada.
[3] Vocês sabem quem né?
[4] No univesro do game e do novo filme, a maioria dos vilões é ligada aos experimentos iniciados pelo pai de Peter e continuado pelo Dr. Connors (o Lagarto) para a Oscorp.
[5] Figura importante no jogo.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Adaptações parte 3 - Dos games para as telas.



...CINEMA
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Adaptações  (Parte 3) - dos Games para as telas.
Por Marlon Fonseca





            Encerrando a “trilogia” sobre adaptações passamos a falar, agora, sobre as conversões de jogos de vídeo-game para o cinema que, sem sombra de dúvidas, apresentou os priores resultados e qualidade até o momento.

            A indústria de games cresce em força ano a ano, tendo, inclusive, suplantado a cinematográfica em arrecadação nos últimos anos. Assim como nos cinemas grandes franquias de jogos tornaram-se verdadeiros blockbusters com milhões de unidades vendidas e gerando verdadeira comoção em seus lançamentos.

            Sendo assim, nada mais que lógico que as grandes franquias gamísticas, e seu público fiel, estejam sempre nos “radares” dos produtores e estúdios de hollywood. 

            A esmagadora maioria dos games que tiveram adaptações ás telas apresentou resultado insatisfatório e de baixa qualidade.

            Isso ocorreu principalmente pela falta de respeito ao material adaptado e/ou pela excessiva tomada de liberdade por falta de seus realizadores descaracterizando que  por completo o jogo adaptado.

            Exemplo de adaptações equivocadas é o que mais podemos trazer á tona. O popularíssimo personagem Mario Bros foi vítima de uma delas. Lançado em 1993 o filme foi execrado por público e crítica principalmente por ter se afastado quase que completo do jogo original. Nem o fato de ter Dennis Hopper como vilão salvou o filme.

Um ícone dos games muito mal aproveitado
no cinema.

            A popular franquia de jogos de luta (e que nesse ano completa 25 anos de existência) Street Fighter também não escapou do fiasco. Em duas sofríveis adaptações Street Fighter – o filme e Street Fighter: a Lenda de Chun Li os mesmos problemas apareceram: descaracterização por completo dos personagens e suas histórias e filmes que não empolgaram nem mesmo os fãs mais radicais. Curiosamente, no Japão, foi lançado um filme em animação baseado no jogo Street Fighter 2 apresentado resultado muito mais satisfatório e fiel.

A imagem que retrata um fiasco

Uwe Boll
            O “fundo do poço”, porém tem um nome: Uwe Boll. Trata-se de um produtor e diretor de “filmes” alemão que cometeu (e infelizmente ainda comete) as piores adaptações de games que se tem notícia.  Jogos como House of the Dead, Bloodrayne, Postal, Alone in the Dark foram suas vítimas e figuram entre listas dos 100 piores filmes de todos os tempos.

             A franquia Resident Evil apresenta dados curiosos. Inspirada livremente numa das mais famosas e rentáveis séries de games, os filmes, apesar de também apresentarem-se distantes com relação ao material adaptado, gozam de relativo sucesso nos cinemas, sendo que cada novo filme lançado supera o anterior em bilheteria. (esse ano será lançada a quinta parte). Os games, que são mais focados no gênero survival horrror[1]foram adaptados com enfoque mais em cenas vertiginosas de ação, inclusive com seus protagonistas sendo relegados á aparições como coadjuvantes e, por muitas vezes, descaracterizados dando lugar á uma história e protagonista completamente novos no filme.

Resident Evil



             A aventureira e musa dos videogames Lara Croft da franquia Tomb Raider também ficou no meio do caminho. Mesmo sendo interpretada com gosto pela super-estrela Angelina Jolie, suas duas empreitadas cinematográficas são apenas medianos filmes de ação.
Jolie em Tomb Raider
               Esse gênero, porém não vive somente de fracassos. Terror em Silent Hill, filme baseado na série de jogos Silent Hill resultou em um filme de terror e suspense extremamente competente e intrigante .Utilizando personagens e história inédita, porém fiel á atmosfera sombria e misteriosa dos games (utilizando inclusive a sua aclamada trilha sonora), o filme é considerado por muitos a melhor adaptação feita até hoje.
O clima (e a trilha sonora) da série Silen hill foi mantido no seu filme
           Outra adaptação que se saiu muito bem foi a do jogo Mortal Kombat. Feito de forma simples, porém fiel, o filme agradou aos fãs de todo o mundo mesmo tendo acentuado a violência marcantes dos jogos para se enquadrar numa classificação mais favorável e rentável ao estúdio. Infelizmente a sua continuação Mortal Kombat- a Aniquilação não teve a mesma qualidade.

            A relação filme e games, contudo não para por aí. Contando com consoles e PC´s potentes que permitem aos programadores e produtores opções diversificados a industria dos games flerta a cada dia mais com a cinematográfica.

            Hoje há um cuidado maior com as histórias e roteiros dos jogos sendo comumente contratados profissionais que trabalham ou trabalharam no cinema. Também se vê a utilização de captura de movimentos seja em jogos de esportes como FIFA Soccer como em jogos de ação para dar aos personagens movimentos e expressões mais realistas. Trilha sonora, dublagem dos personagens passaram a ter sua devida atenção também contando com profissionais de ponta dos cinemas.

            Sem sombra de dúvidas o maior exemplo disso é a fanquia Uncharted que conta com três jogos para Playstation 3 e um para o novo portátil da Sony PS vita. Nela somos apresentados ás aventuras de Nathan Drake uma espécie de Indiana Jones moderno. Com movimentos e voz de Nolan North o personagem extremamente carismático e bem construído enfrenta vários desafios atrás dos mais ocultos tesouros. Na franquia há espaço para tudo: romance, relação e história entre os personagens, cenários belíssimos e seqüências de ação de tirar o fôlego todos apresentados como se fossem verdadeiros “filmes jogados”.

            No quesito “imersão” a franquia Call of Duty, principalmente em sua série Modrern Warfare é insuperável. Jogada da forma de primeira pessoa, as situações e seqüências de tiro e ação “transportam” os jogadores para a tela. Não é á toa que seus jogos a cada lançamento batem todos os recordes de arrecadação de toda a indústria de entretenimento.


            Porém,  como a adaptação de games para as telas nem sempre são de qualidade a recíproca também é verdadeira. Os games baseados em filmes geralmente apresentam-se de baixa qualidade. Isso ocorre, principalmente, pelo fato de que o jogo tem que ser produzido em um curto espaço de tempo (e financeiro) para poder chegar ás lojas no dia do lançamento do filme adaptado.

            Assim, mesmo sendo o tipo de adaptação mais deficitária de todas as comentadas no decorrer desses três textos, a cada vez maior aproximação de ambas as indústrias pode no futuro próximo apresentar filmes mais fiéis e de maior qualidade.

sábado, 23 de junho de 2012

...CINEMA. Opiniões #34 - Sombras da Noite


...CINEMA
Opiniões #34 – Sombras da Noite (Dark Shadows, USA, 2012).
Por Marlon Fonseca





            Tim Burton e Johnny Depp retomam mais uma vez sua longa parceria. Desta vez o objetivo é adaptar uma antiga série querida por Burton, Sombras da Noite. Burton, assim, traz mais um conto gótico à sua carreira.

Neste filme homônimo, acompanhamos a história de Barnabas Colins, oriundo de uma família rica e de grande tino comercial que se vê amaldiçoado pela bruxa Angelique. Vampirizado e escapando de sua prisão dentro de um caixão em que viveu por quase dois séculos, Barnabas reencontra sua mansão agora habitada por membros de sua família, mas sem a tradição e fortuna que antes ostentava.

Muitas das características positivas da obra de Burton e desta parceria permanecem intactas como a apurada direção de arte e a trilha sonora de Danny Elfman (outra parceria longilínea de Burton). Já Depp mais uma vez acerta em um personagem à margem de seu tempo e sociedade, ainda que repita um ou outro trejeito já conhecido, e seu Barnabas é extremamente carismático.

Ocorre, porém, que o mesmo não se pode dizer do resto da disfuncional família Collins e seus agregados. Ainda que interpretados por grandes nomes do cinema, todos os demais personagens que transitam pela mansão dos Collins são aborrecidos. A jovem e talentosa Chloe Moretz então está irritante e fora de sintonia. Mesmo assim, é gratificante rever Michelle Pfeiffer em um papel de destaque [1].

Outro fato negativo é o próprio desenrolar da história em si. Aborrecida e com um roteiro completamente desestruturado, parecendo mais uma colação de situações do que um enredo coeso. O ritmo do filme contribui bastante para esta irregularidade. O clímax, então, destoa-se ainda mais do todo. Salvam-se as cenas de “choque cultural” que Barnabas sofre na estranha década de 70.[2]

Mesmo com Depp e Pfeiffer no elenco quem surpreende de forma positiva é Eva Green como Angelique. Linda e maléfica, o filme cresce bastante com sua presença. Os momentos em que contracena com Depp são os melhores do filme. 

Sombras da Noite, portanto, é um filme extremamente irregular e está á margem de outros grandes trabalhos de Burton. O roteiro deficitárioe na maioria das vezes aborrecido só consegue manter o espectador ainda atento em razão do carisma do protagonista e a presença esfuziante de Eva Green.

Cotação:  (2/5)

Ficha Técnica: Sombras da Noite (Dark Shadows, USA, 2012). Comédia. Direção: Tim Burton. Elenco: Johnny Depp, Eva Green, Michelle Pfeifer, Jackie Earle Haley, Helena Bonham Carter, Chloe Grace Moretz. Duração: 113 min.


[1] E não aquela bobeira vista em Noite de Ano novo.
[2] As com McDonald´s, hippies e televisão são as mais engraçadas. Sem contar a participação especial de Alice Cooper.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dicas da Semana #18- 22/06/2012


Dicas da Semana # 18 – 22/06/2012
Por Marlon Fonseca





            Confira mais um “Dias da Semana” repleto de filmes dos mais variados gêneros e games que vão divertir a galera.



CINEMA:


Sombras da Noite: Johnny Depp e Tim Bruton em mais um filme da sua longa parceria. Baseado em um antigo seriado, Barnabas Collins (Deep) um vampiro amaldiçoado, retorna após dois séculos preso em um caixão e tem que reaprender a viver nos dias modernos bem como a convivência com a família que agora ocupa a sua casa e com a bruxa que o enfeitiçou.
            Comédia com um grande elenco e que o “Falando de” conta tudo amanhã.








DVD/Blu-ray:


A condenação: Baseado em uma impressionante história real. Garçonete (Hillary Swank, competente como sempre) decide estudar direito para tentar livrar seu irmão de uma condenação por homicídio (Sam Rockwell, ótimo). “Prato cheio” para quem gosta de dramas de superação, “filmes de tribunal”.







O Abrigo: Fiquem atentos a este filme que está chegando direto nas locadoras no Brasil. Em uma das atuações mais surpreendentes dos últimos tempos, Michael Shannon é um operário pai de família que começa a ter visões apocalípticas e começa a construir um abrigo no quintal de sua casa. Estaria ele louco ou prevendo o pior?







Um método perigoso: o diretor David Cronenberg continua sua fase de excepcionais filmes e desta vez conta com as atuações irretocáveis de Michale Fassbender e Viggo Mortessen respectivamente na pele de Carl Jung e Sigmund Freud.








O Homem que mudou o jogo: Filme que concorreu a alguns oscar´s no início do ano e que conta como o personagem de Brad Pitt desenvolveu um método novo para a formação de elenco de times de Baseball.










NETFLIX:


Sem limite para vingar: Esse é para quem está com saudades dos filmes absurdos de ação/policial do começo da década de 90. Denzel Washingtom é um promotor público que é alvo da vingança de um assassino diabólico que prendeu quando ainda era um policial.








Atividade Paranormal Tóquio: Se você é fã da franquia e ainda não viu este spin-off japonês, chegou a sua hora. Jovem retorna de uma temporada nos EUA e volta a morar com o irmão, mas ela não voltou sozinha.









Warriors – os guerreiros da noite: Cult violento dirigido por Walter Hill que mostra os embates entre as gangues de Nova Iorque e policiais.










À Prova de Fogo: Bombeiro em crise conjugal decide lutar pelo seu casamento e para isso utiliza-se de um método indicado pelo seu religioso pai.











GAMES:


Os Cavaleiros do Zodíaco – A Batalha do Santuário(PS3): Adaptação da Saga do Santuário do cultuado anime Cavaleiros do Zodíaco que saiu recentemente no Brasil com legendas em português para os deleites dos fãs e já é um sucesso de vendas.
            O ‘Falando de...” já jogou e opinou em: http://blogdofalandode.blogspot.com.br/2012/06/games-opinioes-15-cavaleiros-do-zodiaco.html






Lego Batman 2: DC Super Heroes (PS3/Vita/XBOX 360?/DS/Wii): A versão Lego do cavaleiro das trevas retorna agora com a companhia de Superman, Lanterna Verde e outros heróis do Universo DC.
            O “Falando de...” já está com o game e na semana que vem conta tudo para você.







quinta-feira, 21 de junho de 2012

...GAMES. opiniões #16 - Lollipop Chainsaw


...GAMES
Opiniões # 16 – Lollipop chainsaw (PS3/ XBOX 360).
Por Marlon Fonseca




            O amalucado produtor Suda 51 (Killer 7, No more Heroes, Shadows of the Damned) retorna com mais um jogo que não destoa de seu estilo e universo repleto de referências pop/geek e obscenidades. Em Lollipop Chainsaw, somos apresentados à Juliet, uma jovem líder de torcida, que justamente no dia do seu aniversário de 18 anos, precisa lidar com uma invasão de zumbis e demônios em sua cidade.

            Oriunda de uma família caçadora de zumbis, Juliet enfrenta as criaturas com a sua serra – elétrica (??) e acompanhada da cabeça de seu namorado Nick (???). É nesse clima non sense que o jogo acontece e se desenvolve com diálogos, palavrões e obscenidades disparadas a todo o tempo.[1]




            A mecânica do jogo é no estilo Hack ´n slash e linear. A personagem percorre os cenários dando cabo de todo e qualquer zumbi que aparecer para, ao final de cada fase, enfrentar um dos demônios como chefes de fase. Ainda no decorrer das fases, surgem mini-jogos e momentos QTE para variar um pouco a ação.

            Juliet vai adquirindo medalhas de ouro e platina para aquisição nos pontos de venda espalhados pelas fases de melhorias e novos golpes, além de novas roupas, artes e músicas. Os pirulitos (lollipop´s em inglês) ajudam a restaurar a energia. Ao longo do game irão surgir situações nas quais se deve salvar alguns de seus colegas de classe.[2]

Os golpes e combos saem surpreendentemente com muita facilidade resultado em um jogo com uma jogabilidade simples e gostosa. Não há muita dificuldade em jogá-lo e as lutas com os chefes de fase são inspiradas e interessantes. A câmera, porém, pode atrapalhar em algumas ocasiões e a mira e tão deficitária como em Shadows of The Damned.




O que pode incomodar no jogo talvez seja exatamente a simplicade do combate, pois apesar de os golpes e combos saírem facilmente, não há muita variedade e profundidade neste sentido.

Os gráficos são em estilo cartunesco e o visual é extremamente colorido. Não é nenhuma obra-prima neste sentido, mas são competentes. A trilha sonora é fantástica contendo músicas de pop, rock e metal das mais variadas décadas. As referências e o clima do jogo vão manter o jogo divertido ao longo das suas 6 a 7 horas para ser finalizado.

  Lollipop Chainsaw, assim é uma opção de diversão rápida e curiosa. Não é um jogo difícil nem tão pouco profundo em sua mecânica. A história é louca, os diálogos são divertidos, a obscenidade é freqüente e a trilha sonora compõe bem o climão do jogo. 

            Ficha técnica: Lollipop chainsaw (PS3/ XBOB 360). Ação. Desenvolvedora: Grasshopper Manufacture Produtora: Warner Bros. Intereactive Entertaiment. Data de Lançamento: 12 de Junho de 2012. Versão Testada: Playstation 3
  

Obs: -Como de praxe nos últimos jogos laçados pela Warner Bros. Games há opções de legendas em Português brasileiro

         -O nome do colégio de Juliet é uma clara referência ao mestre de cinema de terror George Romero


Cotação:  (3/5)


[1] Para os caçadores de troféus e conquistas: existe uma que para ser conseguida deve-se olhar por debaixo da saia de Juliet. Mais inventiva conquista/troféu do ano?
[2] Para se assistir ao “final bom” do jogo deve-se se salvar todos ao longo dos games.