sábado, 27 de julho de 2013

...CINEMA. Opiniões # 80 - Wolverine: Imortal

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Opiniões # 80 – Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013)

Por Marlon Fonseca

            Mesmo tendo sido catapultado nos últimos anos como um dos maiores personagens dos quadrinhos na Marvel e tornando-se protagonista da trilogia X-Men nos cinemas, não foi o suficiente para Wolverine escapar da bobeira que fora seu primeiro filme solo lançado em 2009. Agora, o mutante canadense retorna em sua segunda tentativa de ganhar uma adaptação decente nos cinemas. E conseguiu.

Inspirada livremente em um arco de histórias que depois se tronou o encadernado Eu, Wolverine de Chris Claremon, em Wolverine: Imortal, acompanhamos Logan após os eventos de X-Men 3- O confronto Final, vagando sem destino pelo mundo lutando contra seus demônios internos. Ao receber com o pedido de retornar ao Japão e reencontrar um velho amigo, depara-se com um perigo que pode mudar seu destino
.
O filme acerta muito ao estabelecer nos seus dois terços iniciais os conflitos do protagonista, a trama e os demais personagens. Ali temos um filme de drama com pontuais cenas de ação.

O fato de ter seus poderes de regeneração atenuado no decorrer da história, que lembra vagamente Superman 2 de Richard Donner, apresenta sensações novas ao anti-herói, como dor prolongada e cansaço[1].
Letal, dramático e vulnerável

Com isso, Hugh Jackman, em sua sexta aparição como Wolverine, consegue exprimir ainda mais camadas ao personagem que sempre dominou, apresentando seu melhor desempenho com o mesmo. O roteiro, assim, exprime a melhor faceta de sua essência. O samurai sem mestre, o caubói errante, o soldado que não descansa.

Adicionando ainda maior carga dramática ao filme, temos uma disputa familiar na trama envolvendo a jovem Mariko (Tao Okamoto), um romance bem construído e uma personagem secundária que agrada muito em Yokio (Rila Fukushima). A discussão entre mortalidade e imortalidade travada com Yashida (Hal Yamanouchi) encerra o “pacote dramático”.

Já o terço final do filme apresenta uma rápida conclusão para tudo que antes estabelecera cadenciadamente, onde as boas cenas de ação dominam.

Para esse equilíbrio entre drama e ação essencial a direção de James Mangold que já apresentou bons trabalhos nos gêneros mais variados como no Western Os Indomáveis, no policial Copland e nos Dramas Johnny e June e Garota, intemrrompida, seus melhores filmes.
O Terço final do filme é voltado para a ação
Insta salientar que eventuais reviravoltas que o roteiro tenta apresentar são facilmente desvendas pelo espectador mais atento, tornando-se previsíveis. Por fim, os vilões não são marcantes.

A conversão em 3D é vergonhosamente imperceptível sendo dispensável assistir o filme nesse formato.

Wolverine: Imortal é o filme solo que o personagem precisava. Equilibrando drama e ação e trazendo mais nuances ao personagem acaba por respeita-lo e ao público. Recomendado tanto para fãs como para espectadores ocasionais.

Nota: Não deixem de conferir a cena pós-créditos. Além de sensacional ela é a ponte entre este filme e o vindouro e ambicioso X-men – Dias de um Futuro Esquecido que estreia no ano que vem e juntará o elenco da trilogia original e a equipe de primeira classe.

Cotação: 8,0.

Ficha Técnica: Wolverine: Imortal (The Wolverine, 2013). Drama. Ação. Direção: James Mangold. Elenco: Hugh Jackman, Tao Okamoto, Rila Fukushima, Hal Yamanouchi. Duração: 126 min.



[1] Reparem em uma cena na expressão de surpresa e até uma certa alegria de Logan ao descobrir-se cansado após uma tarefa.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

...CINEMA. Opiniões #79 - O Concurso

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Opiniões # 79 – O concurso (Brasil 2013)

Por Marlon Fonseca

            Dentre os gêneros trabalhados atualmente no cinema nacional a comédia e o mais rentável e, diante disso, o que mais apresenta produções ao longo do ano. Isso logicamente acarreta em produções de qualidades das mais variadas. E “O concurso” se insere no rol dos de fraca execução.

Danton Melo e Fabio Porchart que nesse ano mesmo se saíram melhor em Vai que dá certo retornam ao lado de Rodrigo Pandolfo (do maior sucesso do gênero no ano Minha mãe é uma peça) e Anderson de Rizzi. Os quatro são os finalistas à  uma vaga de Juiz Federal e passa um final de semana intenso no Rio de Janeiro antes do último exame.

            Todos os personagens no filme são extremamente estereotipados. O Gaúcho filhinho de papai reprimido, o estudioso virgem do interior, o advogado carioca malandro e o nordestino cheio de mandingas completam o quarteto principal. Sem contar com a tal alardeada participação de Sabrina Sato como uma ninfomaníaca.

            Se o filme falha no desenvolvimento dos personagens também não se sai melhor na trama. Uma tentativa malfadada de emular a estrutura de Se Beber não Case, mas sem a mesma qualidade.
Os protagonistas apresentem-se como personagens estereotipados

            Diante disso, sobra muita pouca coisa para aproveitar no filme, pois além dos problemas citados acima, são poucas as cenas e situações que realmente arrancam risos da plateia.

            Em um cenário favorável aos filmes de comédia nacionais O Concurso apresenta-se como um dos piores exemplares lançados. Sem graça, raso, resulta em um filme pouco interessante e tedioso.

Cotação: 3,0


Ficha técnica: O Concurso (Brasil, 2013). Comédia. Direção: Pedro Vasconcelos. Elenco: Danton Mello, Fabio Porchart, Rodrigo Pandolfo Anderson de Rizzi, Carol Castro, Sabrina Sato. Duração: 86 min.


domingo, 14 de julho de 2013

...CINEMA. Opiniões # 78 - O Cavaleiro Solitário

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Opiniões #78 – O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger, USA, 2013).

Por Marlon Fonseca

            Tentando emular o arrasador sucesso de Piratas do Caribe, a Disney chamou grande parte do time das aventuras de Jack Sparrow[1] para adaptar o clássico personagem o cavaleiro solitário, egresso dos seriados televisivos e de rádio da década de 30.[2]

            A produção, de quase 300 milhões de dólares, era desejo antigo do estúdio e passou por vários percalços como adiamentos, alterações constantes no roteiro e mudanças no decorrer das filmagens.

            Na trama, acompanhamos o idealista e “homem da lei” John Reid (Armie Hammer) que após retornar à sua cidade natal e sofrer uma emboscada, se alia ao nativo americano Tonto (Jhonny Depp) para se tornar um justiceiro.

            O que mais chama a atenção no filme é a forma que ele trata o momento histórico da fundação dos EUA, e de como os índios eram vistos. Ainda que de forma bem velada, por tratar-se de uma produção voltada basicamente para o entretenimento, observa-se claramente uma crítica social contundente sobre o tema, o que é louvável e até mesmo corajoso. Sem contar com a sátira ao próprio gênero western.
A improvável dupla

            Porém, o filme padece de um problema gravíssimo que é a sua falta de ritmo e sua duração excessiva e inexplicável. Sua metade é muito arrastada, chegando a momentos aborrecidos e desnecessários.

            Sua meia hora final, entretanto, é um verdadeiro e divertido espetáculo de ação absurda bem dirigida e executada alternando momentos de coragem e humor pastelão embalados pelo clássico tema do personagem.

            Do elenco Johnny Depp que ganhou uma fortuna para viver o icônico Tonto e repete sua parceria com o diretor Verbinski[3] acaba tomando o filme para si, como era de se esperar. Armie Hammer, como o protagonista que acaba se tornando coadjuvante, tanto nas cenas de ação como nas quais seu personagem mostra sua persona atrapalhada, se sai melhor do que sua péssima atuação em Espelho, espelho meu, mas ainda permanece como uma promessa desde sua participação em A rede social. Tom Wilkinson e William Fichtener dão conta da vilania e Ruth Wilson, Bryant Prince e Helena Bonham Carter estão corretos ainda que em pouco tempo em tela e com personagens deslocadas pelo roteiro, principalmente esta última.
A ação, quando engrena, é divertida

            Alternando entre decisões corajosas e maduras e problemas de ritmo e roteiro, O Cavaleiro Solitário acaba ficando no limiar entre o aborrecimento e divertimento. Assim, como em, Principe da Pérsia e John Carter (esse sim um ótimo filme que fora subestimado) não foi dessa vez que a Disney encontrou outro Piratas do Caribe.

Cotação: 7,0

Ficha Técnica: O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger, USA, 2013). Ação. Aventura. Western. Comédia. Direção: Gore Verbinski. Elenco: Johnny Depp, Armie Hammer, Tom Wilkinson, William Fichtener , Ruth Wilson, Helena Bonham Carter, James Badge Dale,  Bryant Prince e Barry Pepper. Duração: 149 min.



[1] O diretor Gore Verbinski, os roteiristas Ted Elliot e Terry Rosio, o megaprodutor Jerry Brucheimer e Johnny Depp como chamariz de bilheteria e credibilidade.
[2] O personagem já teve 3 filmes anteriores respectivamente em 1956, 1968, e 1970
[3] Além dos 3 primeiros Piratas do Caribe, Depp fez a voz do protegonista na animação Rango que ganhou o oscar de melhor filme da categoria em 2011.

sábado, 13 de julho de 2013

...CINEMA. Opiniões # 77 - Meu Malvado Favorito 2

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Opiniões #77 – Meu Malvado Favorito 2 (Despicable me 2, USA, 2013).

Por Marlon Fonseca

            Gru, seus minions e suas adoráveis filinhas estão de volta aos cinemas em mais uma aventura. Recém-aposentado e levando uma vida honesta como empresário do ramo de gelatinas, Gru é recrutado pela liga anti-vilões para investigar o desaparecimento de uma tecnologia e desvendar o surgimento de um novo vilão.

            Ao Tentar estabelecer várias situações ao mesmo tempo, a animação se perde entre elas não sabendo ao certo o tom que carrega e em qual delas dar mais ênfase.

            São ao menos essas: o aumento de importância e tempo e tela dos minions ante o grande sucesso alcançado no primeiro filme e espaço que vêm ganhando na cultura pop desde então[1]. A continuidade da relação de Gru com as meninas[2], o surgimento de um interesse amoroso e a trama com o vilão em si.

            Mesmo assim, o filme apresenta-se como passatempo divertido, movimentado e agradável, assim como fora o primeiro. 

Gru enrolado novamente

            Se o longa anterior foi uma das primeiras animações a utilizar e encantar com o 3D, principalmente nas brincadeiras pós-créditos com os minions, esta sequência traz uma conversão bastante decente, com profundidade e efeitos bacanas, ainda que meramente cosméticos.

            Ainda que tenha problemas ante a irregularidade ao tratamento às circunstâncias que tenta estabelecer, Meu Malvado Favorito 2 é uma animação divertida e carismática.

Cotação: 7,5

Ficha Técnica: Meu Malvado Favorito 2 (Despicable me 2, USA, 2013). Animação. Comédia. Aventura. Direção: Pierre Coffin, Chris Renaud. Com as vozes de: Steve Carrel/Leandro Hassum (Gru), Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros (Lucy), Benjamin Bratt/Sidney Magal (Eduardo/El macho). Duração: 98 min.




[1] Há a previsão de uma animação somente deles, aos moldes dos pinguins de Madahascar.
[2] Aqui o ponto alto e a fofura de Agnes.

domingo, 7 de julho de 2013

...CINEMA. Opiniões # 76 - Minha mãe é uma peça

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Opiniões # 76 – Minha mãe é uma peça (Brasil, 2013)
Por Marlon Fonseca

            Algo que vem se tornando comum no cenário do cinema nacional são as adaptações de peças teatrais de sucesso. Nessa esteira, era questão mesmo de tempo para que Minha mãe é uma peça, que já conta com mais de um milhão de espectadores, tornar-se filme.

            Ainda mais pelo brilhante trabalho de seu autor e intérprete, Paulo Gustavo, que, inspirado em sua mãe e situações e pessoas da sua infância e adolescência criara algo genuinamente engraçado.[1]

            No filme, co-dirigido pelo próprio comediante, Dona Hermínia, após uma decepção com os filhos, muda-se para a casa de sua tia Zélia (Suely Franco, ótima) e relembra com ela os momentos e agouras de ser mãe.

            Trata-se de um filme inegavelmente engraçado onde as tiradas da protagonista são o ponto alto. Os personagens de apoio, principalmente os filhos, cada um com seus defeitos e manias também contribuem para as risadas. O mais incrível é que mesmo em momentos de surrealidade, fica impossível não se identificar com uma ou outra situação seja pelo lado da mãe, seja pelo lado dos filhos.[2]
D. Ermínia e suas tiradas vão te fazer rir

            A produção do filme é bastante simples, inclusive trazendo falhas bobas de continuidade e uma ou outra falta de capricho[3]. E há algumas cenas forçadas e fora do tom.

            Mas como filme de comédia num todo ele funciona muito bem e será impossível sair do cinema sem dar muitas boas risadas. Ele foge, inclusive, do padrão de comédias que o cinema nacional tem apresentado, saindo-se mesmo que em sua simplicidade, como um dos melhores do gênero nos últimos tempos.
"Padecendo no paraíso" ao lado de seus filhos.

            Dona Hermínia realmente é uma “peça” e sua presença no cenário cinematográfico nacional com certeza será tão marcante como nos palcos. Diversão certeira para toda a família, mesmo trazendo algumas falhas bobas em sua execução.
           
Nota: Assista a cena final antes dos créditos e veja a “musa inspiradora” do autor num dos melhores momentos do filme.

Cotação: 8,0

Ficha Técnica: Minha mãe é uma peça (Brasil, 2013). Comédia. Direção: Andre Pellenz. Elenco: Paulo Gustavo, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Suely Franco, Ingrid Guimarães e Herson Capri




[1] A Cidade onde se passa o filme, Niterói, é a cidade natal do autor (e também do autor desse texto) e conforme apuração feita pelo blog, muitos dos personagens são inspirados mesmo em sua experiência de vida.
[2] Como experiência ainda mais bacana, se possível, assista-o com sua mãe ao lado. Vale á pena.
[3] Em dada cena, por exemplo, Juliano, filho de Dona Hermínia, estaria mexendo no computador mas quando olhamos ele está visivelmente desligado.

terça-feira, 2 de julho de 2013

...CINEMA.Opiniões #75 - O Homem de Aço

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Opiniões # 75 – O Homem de Aço (The Man of Steel, USA, 2013)
Por Marlon Fonseca

            O Homem de Aço marca o retorno do Superman aos cinemas trazendo um novo tom ao personagem nas mãos da mesma equipe que brilhou na trilogia O Cavaleiro das Trevas.

            Trata-se de um reinício e uma nova roupagem ao “primeiro dos super heróis” onde acompanhamos o jovem Clark Kent (Henry Cavill) tentando encontrar sua posição no mundo ante as qualidades únicas que possui. Quando uma ameaça de seu extinto planeta natal vem à Terra ele finalmente percebe para que fora destinado.

            Sem a menor sombra de dúvidas é no aspecto intimista e contemplativo que o filme tem de melhor. David Goyer e Cristopher Nolan (que aqui assume a função de co-roterista e produtor) mais uma vez acertam a essência de um super herói e o adaptam a partir dela.

            Ciente da sua condição de alienígena e do que pode representar seus poderes, Clark percorre o mundo em busca de respostas não conseguindo saber onde se encaixar em um planeta que não é seu. O paralelo a Jesus Cristo e ao seu caráter messiânico, outro ponto forte da mitologia do herói, também é claramente enfocado.
Um herói contemplativo e solitário buscando seu lugar

            Outro aspecto importantíssimo e muito bem desenvolvido no roteiro é a forma que seus pais, tanto os biológicos como adotivos, moldaram seu caráter. Os diálogos frequentes com ambos ao longo de todo o filme são emblemáticos. Para isso as presenças e atuações de Kevin Costner como Jonathan Kent e Russel Crowe como Jor El foram acertadíssimas. São responsáveis pelos momentos mais tocantes do longa.

            Mesmo sendo o mais realista possível, o filme também expande a mitologia de Krypton não somente no interessante prólogo que a apresenta, mas em tudo que se segue na trama e provavelmente continuará nas sequências.
Os ensinamentos paternos como essenciais para a formação do caráter

             O aspecto mais incômodo da trama foi a mudança da dinâmica entre Clark e Lois o que acabou por enfraquecer demais o aspecto romântico que o personagem sempre carregou. Se nos atentarmos para a trilogia do Batman notaremos que realmente esse aspecto também fora diligenciado por Nolan. Assim, a icônica personagem ganha outra importância valorizando a sua intérprete, a sempre ótima Amy Adams, ainda que seja exatamente com ela onde ocorrem as maiores forçadas de barra do roteiro.[1]
Mudança na dinãmica entre Clark e Lois pode incomodar

            Zack Snyder, que já apresentará excelentes trabalhos no gênero com 300 e Watchmen, foi o escolhido para a direção e não decepciona. Mesmo apresentando a direção mais “convencional” de sua carreira, abandonando o seu estilo característico, se sai muito bem tanto nas sequências dramáticas quanto nas de ação.

            Estas últimas, aliás, são excepcionais e muitíssimo bem executadas, numa escala de grandiosidade incomparável, trazendo ao personagem um nível de ação nunca apresentado em suas outras encarnações cinematográficas. A brutal batalha final está entre umas das sequências mais bacanas do gênero[2].

A trilha sonora de Hans Zimmer pode não ser icônica como a de John Wiiliams, nem mesmo repetir a sua própria excelência como fora seu trabalho nos filmes do Batma, mas é interessante e bonita.
A escala de ação é grandiosa

A atuação de Henry Cavill, que por muitos anos viu seu nome cotado para ostentar o manto do herói e precisa. Sua versão do personagem é mais sisuda, contida, séria e até mesmo sofrida. Ele, assim, consegue passar a densidade desenvolvida para essa nova visão do Superman.

Do outro lado da moeda, temos Michael Shannon (que havia brilhado em dois personagens surtadíssimos nos ótimos O Abrigo e Possuídos) apresentando sua faceta de vilão com um General Zod frio, determinado e insano. Reflexo dos tempos atuais o personagem é apresentado como um sujeito que faz de todo para defender seu povo nem que tenha que destruir outro para isso. Seu braço direito, Faora (Antje Traue) tem bons momentos e apresenta ainda mais frieza e crueldade do que seu comandante. O elenco de apoio é tão qualificado que ainda temos Laurence Fishburne como Perry White.
Michael Shannon e seu obcecado Zod

Assumidamente a Warner pretende fazer com que O Homem de Aço seja o pontapé inicial para o inevitável encontro dos heróis DC em um filme da Liga da Justiça[3]. Algumas referências a este universo de fato estão presentes, ainda que discretas, e procura-las vai ser um passatempo a mais para os fãs. E muita coisa do próprio cânone do herói foi deixada para a confirmada sequência.

Marcando o retorno de um ícone e estabelecendo caminhos para sua futura reunião com os demais colegas de Liga, O Homem de Aço não decepciona. Ganha muitos pontos pelo caráter intimista e contemplativo no qual apresenta o personagem o honrado e o densificando. As cenas de ação extremamente bem feitas farão o público delirar, pois o colocam em ação de forma nunca apresentada no cinema e que certamente fará o público delirar.

Cotação: 9,0

Ficha técnica: O Homem de Aço (The Man of Steel, USA, 2013). Ação. Aventura. Drama. Direção: Zack Snyder. Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Kevin Costner, Russel Crowe, Laurence Fishburne. Duração: 143 min.





[1] Em um dado momento Zod chama Lois para ingressar em sua nave sem motivo algum, mas que acaba sendo importante para a personagem descobrir informações importantes.
[2] E a destruição gerada por ela consegue superar a vista em Os Vingadores e até mesmo nos Transformers de Michael Bay.
[3] Na verdade a Warner já fizera isso em Lanterna Verde, mas o fracasso de público e crítica do filme o levaram a ser ignorado e o estúdio ainda não sabe o que fazer com o personagem.