Opiniões# 94 – Quando as
luzes se apagam (Lights out, EUA, 2016)
Por Marlon Fonseca
Stephen
King costuma dizer que para fazer terror com eficiência deve-se atingir as
emoções e medos das pessoas. E Quando as
Luzes se apagam trata de dois medos primitivos ao ser humano: o escuro e o
“bicho-papão” (este ultimo tratado também recentemente pelo curioso filme
Australiano Babadook).
Baseado
num curta metragem (algo que tem se tornando comum, como em monstros, pixels e
mama, por exemplo) do próprio diretor David F. Samberg a trama foca em um casal
de irmãos que deve enfrentar uma entidade ligada à sua mãe que assola a
família.
É um
filme simples em sua estrutura e história e bastante eficiente em sua proposta.
Esse aspecto de conto de terror com toques sutis de drama familiar, curto e de
poucos desdobramentos acaba o beneficiando.
Além
do roteiro e ritmos enxutos, o filme se beneficia da fotografia, que, sempre é
uma ferramenta importante em filmes de terror, e aqui é essencial, pois a iluminação
é um elemento essencial na narrativa, pois a criatura em questão se manifesta
no escuro. Ela, apelidada de Diana, aliás, desde já se impõe como uma das
monstruosidades mais assustadoras dos últimos tempos.
O
elenco afiado colabora para todo o clima em especial para Maria Bello que
entrega uma de suas melhores atuações em tempos e o apesar de novo já veterano
em produções de terror Gabriel Bateman.
As iluminação é elemento chave da narrativa |
Assim,
temos um filme bastante eficiente que soube ainda que de forma simples construir todo um clima e ambientes para causar momentos de tensão genuínos e sustos
nervosos.
Ficha técnica:
Quando as Luzes se apagam (Lights Out, USA, 2016). Terror. Direção: David F.
Samberg. Elenco: Maria Bello, Teresa Palmer, Gabriel Bateman,Alexander Dpersia,
Billy Burke. Duração: 80 min.
Cotação:
8,0
Abaixo para quem esta
curioso segue o curta, de preferência com as luzes bem acessas