quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

...GAMES. Opiniões #27 - Epic Mickey: Power of Illusion (3DS)


...GAMES

Opiniões # 27 – Epic Mickey: Power of Illusion (3DS)

Por Marlon Fonseca

          
        Quem viveu a época gloriosa e inesquecível do Master System e do Mega-Drive guarda certamente com muito carinho a recordação do game Castle of Illusion. Protagonizado pelo camundongo Mickey Mouse, o jogo de plataforma fez frente aos grandes nomes do Gênero da época como Mario, Alex Kidd e Mega-Man.

         Após esse jogo, Mickey por um bom tempo passou a ser um protagonista de destaque no mundo dos games para ser relegado ao ostracismo logo depois retornando com qualidade somente em Epic Mickey lançado com exclusividade para o Wii.


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            Com esse Epic Mickey: Power of Illusion temos a bem sucedida junção do clássico e do recente sucesso tanto em sua história como em sua mecânica de jogo.

            A bruxa Mizrabel volta a atormentar a vida de Mickey ao transportar seu Castelo de Ilusões para Wasteland e sequestrar vários personagens clássicos da Disney. Cabe ao camundongo mais famoso do mundo aventurar-se para resgatar os amigos e retomar o mundo dos desenhos.

            Trata-se de um jogo de aventura side-scrolling aos moldes de Castle Of Illusion inclusive com o “golpe da bundada” e alguns inimigos antigos. De Epic Mickey, temos a utilização da mecânica de tinta e thinner para a criação ou destruição de objetos e inimigos (com a utilização da caneta stylus e a tela de toque do 3DS).
A tela de toque serve para o desenho de objetos

            Durante o jogo, mickey deve percorrer três alas do Castelo, cada uma com quatro fases e ao fim enfrentar um chefe. Nas fases, além de enfrentar inimigos e obstáculos, o jogador deve ficar atento aos personagens que devem ser resgatados.

            Á medida que os personagens vão sendo resgatados, novas áreas do castelo vão aparecendo. Mickey também deve interagir com eles para resolver situações que, após completas, podem lhe dar melhorias. Estas melhoras também podem ser adquiridas na loja do Tio Patinhas com os e-tickets que são adquiridas matando inimigos ou coletando nos cenários.

            Os gráficos são muito bonitos e coloridos e os efeitos em 3D só reforçam a imersão do jogo. A trilha sonora é ótima. A jogabilidade é simples com curva de aprendizado bastante pequena.

Jogo conta com um belo visual

            A curiosidade fica pela acentuada drástica na dificuldade do jogo perto do seu fim. Se no início o game parece muito fácil, na última ala do castelo a dificuldade sobe bastante exigindo um pouco mais de perícia e paciência ao jogador, mesmo assim consegue se terminar o jogo com menos de 8 horas de gameplay[1].

            De lamentar mesmo, somente o pequeno número de fases e chefes de fases, deixando um gosto inegável de “quero mais”.

            Colorido, bonito, divertido e desafiante em sua parte final, Epic Mickey Power of Illusion é um deleite tanto para os fãs nostálgicos como para os jogadores mais novos. Aliando bem a mecânica de Castle of Illusion e Epic Mickey, o jogo só peca pelo desproporcional e brusco aumento de dificuldade e por ser muito curto. Mas vale muito á pena acompanhar Mickey em mais uma aventura.

Cotação: 8,0/10.00

Ficha Técnica: Epic Mickey: Power of Illusion (3DS). Aventura. Produtora: Disney Interactive Studios.

Obs: O jogo tem opção de legenda em português brasileiro.



[1] Mas para fazer 100% dele exige-se mais tempo e o retorno ás mesmas fases várias vezes.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

...Opiniões #51 - João e Maria: Caçadores de bruxas.


...CINEMA
Opiniões #51 – João e Maria: Caçadores de bruxas (Hansel e Grentel: Witch Hunters, USA, 2013)
Por Marlon Fonseca

            Após os eventos traumáticos passados na casa de doces, João e Maria decidiram seguir o “óbvio” tornam-se exímios e famosos caçadores de bruxas. Esse é o mote de João e Maria: Caçadores de bruxas, que, seguindo a esteira de adaptações de contos infantis, preferiu fazer uma espécie de sequência ao invés de adaptar o conto em si.

            A ideia pode até parecer absurda para muitos (e convenhamos, é um pouco sim), mas seria interessante ver, finalmente um filme voltado para vilãs tão esquecidas no cinema: as bruxas. Mas não foi dessa vez.

            Numa espécie de Van Helsing “genérico”, Joao e Maria utilizam-se de um arsenal e trucagens completamente incompatíveis com a época que o filme deseja retratar, bem como suas bruxas que ao invés de utilizar feitiços poderosos, preferem “sair no braço” ou utilizar armas mundanas como uma pá.

...Irmãos caçadores...
...após uma Infância traumatizante



           









             Esse é o maior problema do filme. Em momento algum se leva a sério e quando o faz se sai mal. E não esperam um roteiro inventivo, pois personagens entram e saem, sem qualquer explicação[1]. Os demais são pouco aprofundados. O único frescor nesse quesito foi a boa sacada de João sofrer de diabetes em decorrência de seu primeiro encontro com a bruxa dos doces quando criança.

            Interpretando os irmãos temos Jeremy Renner em mais um perigoso piloto automático como o herói sisudo. A ator está muito novo ainda para entrar nessas amarras e deve com urgência procurar papéis diversificados. A bela Gemma Arterton apresenta uma Maria forte e decidida e com elemento do passado importante para o desenrolar da trama e se sai melhor do que Renner. A sumida Famke Janssem se sai muito bem como a vilã. Mas todos aqui são prejudicados pelo roteiro simplório que torna todos os personagens bastante caricatos.

A caracterização das bruxas é bacana


            Quanto á parte técnica, o maior destaque fica para os figurinos e maquiagens das bruxas. Muito bacanas. Do mais a direção de arte é a padrão para esse tipo de filme. Já a utilização do 3D apresenta uma conversão bem fraca que só se faz presente verdadeiramente na (ótima) sequência de créditos iniciais. Sua pouca duração (menos do que 90 min) acaba por beneficiá-lo tornando tais defeitos menos perceptíveis.

            Não esperem muito de João e Maria: Caçadores de bruxas. Somente apenas uma diversão passageira, fugaz e caricata.
           
Cotação: 5,0/10,00

Ficha técnica: João e Maria: Caçadores de bruxas (Hansel e Grentel: Witch Hunters, USA, 2013). Ação. Direção:Tommy Wirkola. Elenco: Gemmar Arterton, Jeremy Renner, Famke Jenssem, Peter Stormare e Phila Vitala. Duração: 88 min.






[1] Principalmente o personagem de Peter Stormare

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Dicas da Semana # 24 – 25/01/2013


Dicas da Semana # 24 – 25/01/2013
Por Marlon Fonseca


            Voltamos a trazer para vocês dicas de filmes, seriados e games para animar o seu fim de semana.

CINEMA:

Lincoln: Spielberg, enfim, traz a sua cinebiografia sobre o 16º presidente dos Estados Unidos e um dos mais idolatrados na história dos americanos. Daniel Day Lewis o interpreta. Concorrente a 12 oscars 2013.
Obs: Assistiremos esse filme hoje e em breve traremos sua análise.








João e Maria: Caçadores de Bruxas: Seguindo a tendência de reinvenção de personagens e fábulas infantis, chegou a hora de João e Maria. No filme, após os “eventos traumáticos” com a bruxa, os irmãos se tornam exímios caçadores de bruxa.









O Mestre: Mais um forte filme e concorrente a premiacões, o filme traz Joaquin Phoenix (em uma elogiadíssima atuação) como líder de uma organização religiosa. Dirigido pelo sempre competente Paul Thomas Anderson.











DVD/BLU-RAY:

Para Sempre: Filme romântico de grande sucesso no ano passado e que chegou há algum tempo nas locadoras. Após acidente de carro, mulher perde parte da memória e esquece do marido que faz de tudo para conquista-la novamente. Baseado em uma história real.









Intocáveis: Filme de grande sucesso, também baseado em uma história real sobre a inusitada amizade entre um homem rico e tetraplégico e seu cuidador. Imperdível.









Ted: Comédia nonsense sobre a amizade entre um homem e seu ursinho de pelúcia beberrão, falastrão e bagaceiro (???). Fez merecido sucesso no ano passado e chegou nesse mês em dvd e blu-ray.











NETFLIX:

Arquixo X: Uma das maiores e mais cultuadas séries de todos os tempos chega ao netflix com todas as temporadas. Vejam e revejam os agentes do FBI Fox Mulder e Dana Scully investigando os casos sobrenaturais mais instigantes e enfrentando uma conspiração intricada envolvendo o governo e alienígenas.




Don´t be afraid of the dark: Produção de terror de Guillermo Del toro. Família muda de casa e filha descobre um mal terrível habitando por lá.










Ilha do Medo: suspense de Martin Scorcese com Leonardo Dicaprio e Mark Ruffalo em grandes atuações. Inspetor de polícia chega a uma penitenciária psiquiátrica que fica em uma ilha e descobre segredos surpreendentes.










GAMES:


DMC: Devil May cry: repaginação da franquia de sucesso e que cegou a criar polêmica ante a mudança de visual do protagonista, Dante. Passada a insegurança inicial e com o seu lançamento o jogo mostrou-se muito bom e digno de elogios.

Confiram nossa análise do jogo: http://blogdofalandode.blogspot.com.br/2013/01/games-dmc-devil-may-cry-ps3xbox-360.html








DEMO´s importantes: Dead Space 3 e Metal Gear Solid Revengeance, jogos que vão agitar o mês de Fevereito, tiveram recentemente suas demos disponibilizadas nas redes PSN e Live e agradaram bastante.
















Contra Indicação:





O último guarda-costas: A enganação já começa pelo título que remete ao filme de sucesso estrelado por Whitney Houston e Kevin Costner. Dirigido pelo roteirista Willian Monaham ( de grandes sucessos como Os Infiltardos) estreia na direção em um filme em que um dos seus maiores erros é exatamente o roteiro. Nem as presenças clasudas de Collin Farrel, Keira Knighteley e Ray winstone salvam.










Bom fim de semana e bom divertimento a todos!!!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

...MOMENTOS MARCANTES #2 - OS SERIADOS JAPONESES EXIBIDOS NA TV MANCHETE


...MOMENTOS MARCANTES 2
Seriados japoneses exibidos na TV Manchete.
Por Marlon Fonseca


Quem tem mais de 30 anos não pode negar: assistia avidamente todos os seriados japoneses (chamados em sua terra natal de tokusatsu) na extinta TV Manchete. E foi muito feliz com isso.

Mesmo padecendo de incontáveis e inegáveis defeitos técnicos, Jaspion, Changeman, Jiraya, Flashman, Jiban, Lion Man, Black Kamen Rider e muitos outros animaram a infância da garotada da época 

Foi uma verdadeira febre: foram lançados bonecos, acessórios, discos com a trilha sonora (sim, de vinil), álbum de figurinhas e muito mais produtos dos queridos personagens.
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Quem viveu essa época não esquece. Vamos relembrar juntos??




Não esqueçamos de Ultraman e Spectreman ainda mais antigos mas tão emocionantes quanto(esses foram transmitidos em outros canais):





Obrigado TV Manchete



Digam nos comentários: quais eram os seriados preferidos. Discorram sobre as suas lembranças. Vamos reviver isso juntos.



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Obs: O Autor quando criança chorou horrores com a morte do Ultraman e sua mãe lembra dele até hoje

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

...MOMENTOS MARCANTES #1 - A despedida de um amigo


...MOMENTOS MARCANTES

#1 – A despedida de um amigo.

Por Marlon Fonseca

            
       Inaugurando mais uma seção no blog. “primo-irmão” do “Cenas de Cinema”, no “Momentos marcantes” traremos sequências importantes, emocionantes e marcantes envolvendo games, seriados, animes, etc.

            Para iniciar, trouxemos uma cena marcante do universo dos animes.

            
           Toda despedida é dolorosa. Seja por alguns minutos ou para todo o sempre, o ato de se separar de um ente querido é sempre doloroso. Eis que Eichiro Oda, criador do popularíssimo mangá e anime One Piece elevou essa sensação a outro patamar na ocasião da inevitável despedida do grupo liderado por Luffy do seu, até então, inseparável navio Going Merry.

            Nem o aspecto divertido e cartunesco dos personagens aos prantos, nem o discurso de Luffy se desculpando e criticando seus companheiros consegue apaziguar o verdadeiro sentimento de tristeza da despedida da sequência. As “palavras” de despedida do navio compõem este lírico momento.

            Peguem seus lenços e confiram o funeral de Merry:



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

...GAMES. DMC: Devil May Cry (PS3/XBOX 360)


...GAMES
Opiniões # 26 - DMC: Devil May Cry (PS3/XBOX 360, 2013)
Por Marlon Fonseca



                Devil May Cry, a franquia iniciada no Playstation 2, é uma das mais rentáveis da gigante Capcom e Dante, seu protagonista, um dos personagens mais carismáticos e idolatrados dos games. Mesmo assim, sua produtora, decidiu que tanto a série como seu protagonista deveriam passar por um processo de mudança e renovação para atrair o público ocidental.

            Para o desafio, chamou a desenvolvedora ascendente Ninja Theory que mostrou competência nos cults Heavenly Sword e Enslaved e que encarou com peito aberto a tarefa. Mas, assim que o jogo foi anunciado pela primeira vez, algo incomodou de cara os fãs de longa data: o visual de Dante havia mudado, principalmente seus cabelos que de branco longos passaram a ser pretos em um corte mais curto[1]. Houve uma chiadeira generalizada que só começou a amenizar com o lançamento da (ótima) demo do game.

            Lançado esta semana (com legendas em português e DLC exclusivo na edição nacional), o game finalmente pode ser conferido. DMC: Devil May Cry, é uma espécie de prequel e reboot da série. Conhecemos um Dante mais jovem e sem ciência de seu real passado que acaba por se envolver em uma batalha contra terríveis demônios e a descoberta de sua origem e verdadeira natureza.


            DMC é basicamente um Hack n, slash, linear em sua grande maioria, com muita ação e um visual estupendo. Sua direção de arte é o que mais salta aos olhos do jogador. Seja na paleta de cores escolhida, seja no visual dos cenários e as suas mudanças ao longo de seu progresso[2]. As cutsecenes também estão muito competentes ainda que inexplicavelmente um tom pouco abaixo da excelência mostrada em Ensalved e apresentam uma ou outra queda na taxa de frame.

            Além de se apresentar como um jogo inegavelmente bonito, sua jogabilidade fora preservada e a possibilidade e facilidade de aplicação de combos é imensa. Quanto mais armas são desbloqueadas ao longo das missões, maior esta variedade fica. Há também a possibilidade de aprimorar as habilidades e armas com os pontos conquistados durante as missões.

            A necessidade em alguns casos da utilização entre armas angelicais ou demoníacas para passar de determinada área/inimigo lembra o recente (e ótimo) Ouland, mesmo que esta mecânica esteja muito mais simplificada aqui.

            No quesito jogabilidade o único pecado visível é a ausência de um modo de foco em personagem específico ou um sistema de mira, o que acaba prejudicando um pouco as batalhas quando há seres aéreos e terrestres na arena ao mesmo tempo. Mesmo assim o jogador mais experiente consegue contornar esse aspecto.

            Além do visual do personagem, outra mudança na série que salta aos olhos é a queda da dificuldade do jogo no modo normal. Termina-se o game sem grandes problemas nessa dificuldade. Mas os jogadores ávidos por desafios não foram esquecidos e novas (e mais penosas) dificuldades vão surgindo após o término do game.[3] (A própria Capcom admitiu que o desejo era tornar DMC palatável para todo e qualquer tipo de jogador).


                As batalhas entre os bosses são bacanas e algumas deliciosamente nojentas e divertidas. Os inimigos "comuns" possuem um ótimo visual e variedade de ataques mas são poucos variados entre eles.

A história se desenvolve de forma razoável, muitas vezes até simples, mas acrescenta novos elementos e personagens á série. Devil May Cry nunca foi tão urbano como neste jogo. Dante continua sarcástico como habitual, mas assim como o próprio objetivo do game está em uma jornada de auto reconhecimento e auto afirmação.[4]

DMC: Devil May Cry cumpre sua missão. Inova a franquia com um jogo de ação extremamente competente, bonito e divertido e introduz um novo ponto de partida para o personagem. E o principal é que Dante continua bacana e Devil May Cry ainda se mantém uma das grandes franquias de ação nos games. Ao término do jogo vai ficar aquela vontade de ver para qual caminho o personahgem vai a seguir. Que venha o próximo.

Cotação: 8,5/10

Ficha Técnica: DMC: Devil May Cry (PS3/XBOX 360, 2013). Ação. Capcom e Ninja Theory. Versão testada: PS3.



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Curiosidade:
A produtora levou para o lado positivo as reclamações sobre a mudança do visual do personagem e fez uma rápida brincadeira sobre o assunto logo no começo do game




[1] Imediatamente esse visual ganhou va´ris apelidos dentre eles Rihanna e Débora Fallabela.
[2] As sequências de “distorção” dos cenários nunca cansam.
[3] A mais difícil lembra os velhos tempos da era 8 e 16 bits pois com apenas um golpe de inimigo já é suficiente para matar Dante.
[4] Um dos diálogos finais mostra claramente isso.