sexta-feira, 28 de junho de 2013

...CINEMA. Opiniões #74 - Guerra Mundial Z

...CINEMA

Opiniões # 74 – Guerra Mundial Z (World War Z, USA, 2013).

Por Marlon Fonseca

            Os zumbis estão dominando o mundo há um bom tempo. Definitivamente eles são a “bola da vez” como os vilões e ameaças apocalípticas, seja nos games, televisão e, claro, no cinema.

Brad Pitt estrela e produz essa adaptação livre do livro homônimo de Max Brooks[1] onde ele interpreta Gerry Lane um ex-investigador da ONU que tem que voltar a ativa e atravessar o mundo para tentar descobrir a cura para uma pandemia que passou a transformar as pessoas em terríveis zumbis.

Dirigido por Marc Forster (de grandes trabalhos como A Ultima Ceia, O Caçador de Pipas e do mediano 007- Quantum of Solace) a produção passou por diversos problemas que colocaram a qualidade do filme em xeque antes mesmo de ele estrear. Primeiramente, surgiram vários boatos sobre desentendimentos entre o diretor e Pitt durante as filmagens. O mais grave, porém, foi a necessidade de se refazer todo o terceiro ato do filme o que atrasou o lançamento e estourou o já alto orçamento do filme.

Mesmo com todos esses problemas o resultado é plenamente satisfatório apresentando-se um filme bem-feito, divertido, com genuínos momentos de tensão em um ritmo, em sua grande maioria, ágil.
Correria, desespero e tensão.

Claramente dividido em três atos a trama apresenta primeiramente o personagem de Pitt no meio ao surto pandêmico tentando proteger sua família. No segundo ato, sua volta ao mundo buscando o “paciente zero” e tentando entender melhor o que aconteceu, para no último ato chegar ao seu objetivo ou parte dele.

Curiosamente, o último ato ainda é o mais problemático com uma quebra moderada do ótimo ritmo estabelecido nos dois anteriores. Mesmo que apresente bons momentos de tensão ficou evidente que destoa do resto, apesar de apresentar uma conclusão satisfatória
.
A infabilidade do protagonista também incomoda um pouco mesmo levando em conta que o roteiro o apresenta como um especialista no seu ramo, certas situações são difíceis de engolir causando, ocasionalmente, risos na plateia[2].
O tom do filme e sério.

Tirando esses dois aspectos, o resultado ainda é positivo e o filme se sai muitíssimo bem como peça de entretenimento.

Os zumbis apresentados aqui, além de bem maquiados e bem realizados quando em computação gráfica metem realmente medo em dados momentos e são extremamente perigosos por sua violência, agilidade e forma de adaptação ao ambiente.
.
 Forster, em entrevista[3], afirmou que o objetivo era mostra-los como um “enxame de abelhas” em razão da situação de superpopulação em que o mundo se encontra. E se no trailer tal fato se mostrara exagerado no filme em si funciona muito melhor.
Um verdadeiro "enxame" de zumbis

O diretor que começara a carreira ganhando destaque na forma sensível que lidava com seus filmes se desprende desse aspecto e mostra domínio técnico nas inúmeras e ótimas sequências de ação e correria. O roteiro até tenta incluir algo intimista na trama, principalmente na relação do protagonista com a sua família, mas o foco mesmo e na alternância entre sequências de adrenalina e de tensão e é isso que o longa tem de melhor. Também não há muito espaço para piadinhas dando ao filme um tom bastante sério.
.
Como virou costume dentre os blockbusters, o filme foi convertido para 3D e infelizmente vemos mais uma vez uma utilização fraca do formato. Assisti-lo dessa forma, portanto, é plenamente dispensável.

Brad Pitt, que andava propositadamente sumido de produções desse porte, mostra que de fato evoluiu como ator e mostra-se um “astro de ação” muito acima da média do que se tem visto. No elenco de apoio, atores e atrizes não tão conhecidos do grande público, mas que cumprem seu papel (o mais conhecido Matthew Fox, o Jack de Lost, acabou sendo prejudicado pelo refazimento de parte do filme, sendo relegando a apenas uma breve sequência no início do filme).

Guerra Mundial Z, portanto, consegue sair de forma satisfatória do turbilhão de problemas que fora sua produção. Entregando um bom produto de entretenimento com doses satisfatórias de ação e tensão. Forster e Pitt podem ficar sossegados. Até porque o bom resultado de bilheteria desse ultimo fim de semana já garantiu uma continuação. Os zumbis ainda vão dominar o mundo por muito tempo.

Cotação: 8,0

Ficha técnica: Guerra Mundial Z (World War Z, USA, 2013). Ação. Terror. Direção: Marc Forster. Elenco: Brad Pitt, Mireille Enos, Daniella Kertesz. Duração: 116 min.






[1] Do autor também recomendamos o divertidíssimo  O Guia de Sobrevivência a zumbis.
[2] Mas nada foi mais risível do que a morte de um personagem que aparentava ser importante.
[3] Lida na revista Previw do mês de Junho de 2013.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

...CINEMA. Opiniões #73 - O Grande Gatsby

...CINEMA

Opiniões # 73 – O Grande Gatsby (The Great Gatsby, USA, 2013)

Por Marlon Fonseca

            A obra de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby, vem sendo ao longo das décadas adaptada para o cinema. Agora é a vez de o diretor Baz Luhrman apresentar sua versão.

            Na trama, acompanhamos o veterano de guerra e aspirante a escritor, Nick Carraway(Tobey Maguire), que se muda para Nova York para trabalhar na bolsa de valores e acaba se envolvendo no mundo de festas e mistérios de seu excêntrico vizinho.

            Luhrman traz para a sua visão estilizada da obra suas características marcantes: o visual belíssimo auxiliado por uma direção de arte deslumbrante e a utilização de musicas pop atuais para filmes de época (a história se passa por volta da década de 20). As sequências contendo as exóticas festas na mansão também são muito bem dirigidas.

            O desenrolar da trama padece de um ritmo irregular e confunde os espectadores em alguns momentos, mas é extremamente gratificante quando no fim tudo se revela e encaixa trazendo á tona o verdadeiro caráter dos personagens e do meio social no qual estão inseridos. O caráter crítico à alta sociedade oriundo da obra literária objeto da adaptação é encontrado, ainda que em alguns momentos. Há por trás da trama, também, uma ingênua história de esperança.
Bem-vindos ao mundo de Gatsby

            A utilização do 3D para um filme desse tipo pode soar estranho, mas logo no início demonstra-se a boa utilização do formato que se faz presente principalmente no título de abertura, nas neblinas, fumaças e chuva, nas sequências das exageradas festas promovidas na mansão de Gatsby e em algumas tomadas mais elaboradas executadas pelo diretor.

            Maguire traz densidade ao seu personagem que é prejudicado quando Gatsby entra em cena, passando a ser um mero figurante e espectador dos acontecimentos para somente ganhar força novamente no final. Leonardo Dicaprio, portanto, toma conta do filme com mais um personagem marcante e repleto de camadas em sua carreira com uma atuação minuciosa utilizando-se o gestual, a voz e olhar para compor o personagem e suas nuances.

Carrey Mulighan e Joel Edgerton, outras vertentes importantes da história, mostram a competência habitual. Isla Fischer, mais habituada em comedias românticas tem a oportunidade de mostrar uma personagem diferenciada ainda que com pouquíssimo tempo de presença.

            Dotado de um visual espetacular e atuações fortes, essa nova adaptação de O Grande Gatsby resulta em um filme muito bem resolvido ainda que sofra por uma ou outra oscilação em seu ritmo.

            Cotação: 8,5


            Ficha Técnica: (The Great Gatsby, USA, 2013). Drama. Direção: Baz Lurman. Elenco: Leonardo Dicaprio, Tobey Maguire, Carey Mullighan, Joel Edgerton, Isla Fischer. Duraão: 142 min.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cenas de Cinema # 14 - V de Vingança

Cenas de Cinema # 14 - V de Vingança

Por Marlon Fonseca


   Nesses tempos de protestos e manifestações em todo o país, uma icônica máscara passou a integrar e ser um dos símbolos desse momento. Mas será que as pessoas realmente sabem o seu significado?

     Em V de Vingança, tanto na Graphic Novel, como no filme inspirado por ela, o protagonista, V, utiliza-se uma máscara de Guy Fawkes (Guido Fawkes) na composição de seu uniforme. O inglês Fawkes[1] era um dos participantes do movimento conhecido como a conspiração da pólvora, cujo objetivo era assassinar o rei protestante Jaime I e todos os membros do parlamento durante uma sessão no ano de 1605. Guy, por ser especialista em explosivos, era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam utilizados no ato, além de ser o responsável pela detonação que nunca ocorreu.
Ilustração de Guy Fawkes

            Preso, torturado e executado, Fawkes tornou-se uma lenda na história inglesa. E no dia 05 de novembro, data de sua captura, há na Inglaterra a tradicional “noite das fogueiras” para relembrar o “único homem que entrou no parlamento com intenções honestas”.[2]

            No filme, lançado em 2006, produzido pelos irmãos Wachawski de Matrix e dirigido por James McTiegue, apesar de inúmeras alterações com relação ao material original, acompanhamos V (Hugo Weaving) em sua luta contra o governo e pela liberdade ao mesmo tempo em que se envolve com uma garota da classe trabalhadora (Natalie Portman).



            O mais importante que fica da obra é a noção de que um homem pode mudar o mundo com seus atos (evidenciada na “antológica cena do dominó” mostrada abaixo). Seja, portanto você, caro leitor, a mudança que queira ver no mundo. Para isso não há a necessidade de bombas nem atos violentos e, sim, ações de honestidade e civilidade.




Nota: Nós aqui do blog apoiamos as manifestações, principalmente sai ideologia e sua possibilidade de mudança na mentalidade do povo brasileiro. Refutamos, porém, qualquer ato de violência praticado contra pessoas e propriedades públicas e privadas.



[1] Lembrando-se que a obra original escrita por Alan Moore se passa em uma Inglaterra alternativa.
[2] No filme há menção a canção
"Lembrai, lembrai, o cinco de novembro
A pólvora, a traição e o ardil;
por isso não vejo porque esquecer;
uma traição de pólvora tão vil"

sábado, 22 de junho de 2013

...CINEMA. Opiniões # 72 - Universidade Monstros

...CINEMA

Opiniões # 72 – Universidade Monstros (Monsters University, USA, 2013).

Por Marlon Fonseca

                Um dos primeiros e mais queridos filmes da Pixar, Monsrtros S.A, tem seu universo de sustos retomado, 12 anos depois, com uma prequel nesse Universidade Monstros. Nele, enfim sabemos como começa a amizade e parceria entre Mike (voz de Billy Cristal no original) e Sully (John Goodman) dentro da universidade de monstros, formadora de potenciais assustadores.

            Antes de tudo, insta dizer que esta animação não tem a maturidade de Valente, o lirismo de Wall-E, nem fará o espectador transbordar em lágrimas como em UP-Altas Aventuras e Toy Story 3. É um filme galgado única e exclusivamente na diversão e em um tom bem leve.

            Ainda assim, há espaço para o forte das animações da Pixar, as subtramas que no filme em questão se apoiam na busca por um sonho e na determinação para alcança-lo.

            É bastante interessante enxergar, durante a animação, como o estúdio “brinca” com os clichês de filmes ambientados em escolas ou faculdades. Está tudo lá, logicamente e de forma muito bacana, adaptado ao universo estabelecido desde o primeiro filme.
O divertido e tumultuado começo de uma amizade

            Além da dupla principal, (sendo que Mike é “o coração e alma” do filme – algo percebido, inclusive, pelo próprio Sully) o filme nos brinda com personagens secundários extremamente simpáticos o que beneficia ainda mais o filme. A parte final também, onde se define o futuro dos personagens, sai do óbvio o que é muitíssimo  bem vindo.

            No quesito técnico a animação impressiona com pelos e texturas extremamente bem feitos dando a impressão que aqueles personagens estão realmente vivos. Trata-se de um exercício interessante comparar o primeiro com este e ver o salto dado nesse aspecto em mais de uma década. Já o 3D está bem aquém do apresentado em outras animações, aparecendo de fato apenas pontualmente e em pouquíssimas ocasiões.

            Com Universidade Monstros, a Pixar volta a focar primeiramente na diversão afastando-se de uma abordagem mais profunda do que nos seus últimos filmes. Com isso, deixa espaço para o seu simpático elenco de personagens brilhar e entreter o público em um dos universos mais bacanas e curiosos que criou.  

PS: Como de costume, há um curta de animação antes do filme. Não cheguem atrasado à sessão, pois O Guarda-chuva Azul é belíssimo e merece ser conferido. Desde a exuberância da animação ao lirismo em sua execução, é um primor.

Cotação: 8,0


Ficha técnica: Universidade Monstros (Monsters University, USA, 2013). Animação. Aventura. Comédia. Direção: Dan Scanlon. Com s vozes originais de: Billy Cristal (Mike), John Goodman (Sully), Steve Buscemi (Randy), Helen Mirren (Dean Hasrdscrabble). Duração: 110 min.


__________________________________________________________

Não deixem de ler tambémCenas de Cinema sobre a Pixar 

domingo, 16 de junho de 2013

...CINEMA. Opiniões # 71 - Além da Escuridão: Star Trek

...CINEMA

Opiniões # 71- Além da Escuridão: Star Trek (Star Trek Into Darkness, USA, 2013)

Por Marlon Fonseca

 
            Durante algum tempo em Hollywood, o cinema de entretenimento de qualidade, filmes voltados para a diversão do público, mas que traziam um “algo a mais” como os de Spielberg e outros cineastas, apresentava-se acéfalo e barulhento, sem um pingo de inventividade e energia de seus criadores. Felizmente, uma nova leva de talentosos diretores trouxe á tona novamente essa vertente. Cristopher Nolan com sua trilogia do Cavaleiro das Trevas e A Origem foi um deles. J. J Abrams aparece também como um dos nomes fortes.

            Em 2009, foi dado a Abrams, após seu sucesso como um dos criadores e produtores do seriado Lost e sua segurança na direção do terceiro episódio de Missão Impossível 3, a tarefa de revitalizar uma das franquias mais queridas, Star Trek, que já fora chamada por aqui de Jornada nas Estrelas.

            O Diretor, ao lado dos seus colaboradores habituais, Roberrto Orci, Alex Kurtzman, Damon Lindelof (roteiristas e produtores) e Michael Giachino (que cuida da trilha sonora de seus filmes) e de um elenco formidável, reinventou a franquia de forma a apresentar-se como um recomeço para a série, sem desrespeitar seus cânones. O resultado conseguiu agradar aos fãs antigos e trazer novos ao lado dos intrépidos tripulantes da U.S.S Enterprise em um filme muito bem feito e divertido.
Abrams sentado à frente do excelente elenco que reuniu

            Agora, passados quatro anos, era chegada a hora da tão ou ainda mais difícil tarefa de apresentar uma continuação. E Abrams e sua equipe conseguiram não só manter as qualidades do filme anterior como trazer novos e bem-vindos elementos, resultando em um filme ainda melhor que seu antecessor se saindo mais sombrio e denso, sem perder o humor e o ritmo de aventura.

            Em Além da Escuridão: Star Trek, o Capitão Kirk e seus comandados precisam combater um terrível terrorista, antigo membro da Federação, em um embate muito mais complicado e perigoso do que se apresenta.

             Todo o elenco original está de volta, apresentando aquela química perfeita estabelecida no primeiro filme, e com a possibilidade de trazer novas camadas em seus personagens. A relação de amizade e diferença de postura ante a uma situação entre Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto) continua sendo a espinha dorsal nesse sentido, mas todos os demais personagens têm seus momentos e a chance de brilhar. A Uhura de Zoe Saldana é um achado e equilibra o grupo ao lado do rabugento e divertido “Magro” de Karl Urban. Até Simon Pegg, habitual comediante inglês bastante festejado, é presenteado com uma cena mais séria do seu Scotty. Alice Eve é a nova adição é tem participação importante na trama assim como o eterno Robocop Petter Weller, que há tempos não tinha um papel de destaque.
Vilão perigoso e imprevisível
            Mas o “algo a mais” do filme reside na interpretação magnética de Benedict Cumberbatch como o vilão John Harrison. Quem acompanha o ator na excelente série Sherlock da BBC sabe que nele reside um grande talento, mas mesmo assim pode se surpreender com o que ele apresenta no filme. Há tempos não, só na franquia, mas no cinema em geral não se vê um vilão tão perigoso em uma atuação tão brilhante[1]. Sua voz grave, seu olhar oscilando entre a frieza, a raiva e a loucura são alguns dos pontos altos de sua composição.  Mesmo quando, enfim, se descobre seu objetivo fica difícil prever seu próximo passo.

            O roteiro é redondo, apresentando uma ou outra reviravolta, ainda que não tão imprevisíveis, mas prende o espectador do começo ao fim. Não há espaço nos 132 minutos de projeção para quebra de ritmo, nem mesmo nas cenas mais calmas. Os cânones da série clássica, quando utilizados, e ainda que reinventados, não ofendem o material original e agregam qualidade ao filme à mitologia de toda a série.
Os efeitos especiais e o 3D completam o espetáculo

            Contrário à utilização da conversão em 3D no início das filmagens, Abrams acabou cedendo à pressão do estúdio e, mesmo assim, apresentou a melhor utilização do formato nos últimos tempos. A divertidíssima e movimentada sequência inicial do filme é um grande exemplo disso. Os efeitos especiais estão formidáveis e dá até para perceber em alguns momentos efeitos sonoros da série clássica.

            Assim, Além da Escuridão: Star Trek alcançou todos os seus objetivos. Fortaleceu a retomada da franquia e brindou a todos com um espetáculo de entretenimento de qualidade com cérebro e coração. E mais trouxe aos cinemas um vilão que há tempos não se via e catapultou de vez ao estrelato um talento que ainda vai render muito.

Cotação: 9,0
Ficha Técnica: Além da Escuridão: Star Trek (Star Trek Into Darkness, USA, 2013). Aventura, Ficção Científica. Direção: J.J Abrams. Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Benedict Cumberbatch, Zoe Saldana, Simon Pegg, Karl Urban, Anton Yelchin, Peter Weller, Bruce Greenwood. Duração 132 min.


____________________________________________________
A Fronteira final de Abrams.

        
    Depois de revitalizar Star Trek, dirigir o tão aguardado episódio VII de Star Wars é a próxima missão espacial de Abrams.

            Após a aquisição dos direitos da Lucasfilm pelos estúdios Disney, imediatamente fora anunciada uma leva de filmes da saga espacial, inclusive com uma nova principal trilogia contendo os episódios VII, VII e IX. Rapidamente a Disney ofereceu a Abrams, fã confesso das trilogias anteriores, a direção.

            As filmagens acontecerão em breve e o filme tem previsão de estreia para 2015. Mark Hamill, Carrie Fischer e Harrison Ford estão confirmados para retornar como Luke, Leia e Han solo respectivamente. Ainda não se sabe o teor da trama.




[1] O último que vem a mente nesse sentido é o brilhante Coringa de Heath Ledger.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

FILMES PARA NAMORAR

FILMES PARA NAMORAR
“FALANDO DE” ELENCA, NESSE DIA DOS NAMORADOS, SEUS FILMES DE ROMANCE PREFERIDOS.

Por Marlon Fonseca

            Diante do sucesso de público e crítica sobre a postagem “filmes para casar” resolvemos, nesse dia dos namorados, trazer alguns dos filmes de romance que mais gostamos e que consideramos ideais para que sejam assistidos ou presenteados no dia de hoje.
            Se seu filme preferido não estiver aqui aproveite para indicá-lo nos comentários. Divirtam-se e feliz dia dos namorados para todos os leitores. Vamos a eles:


Bonequinha de Luxo (Brakfest At Tiffany´s, 1961): Audrey Hepburn esbanja charme e talento nessa divertida e diferente comédia romântica. Sua Holly Golightly é ainda um dos personagens femininos mais festejados de todos os tempos. Leve, bem humorado e contando com a bela canção “Moon River” para embalar os casais.







E o vento Levou/ Casablanca (Gone With the Wind, 1939/ Casablanca, 1942): dois clássicos retumbantes que devem ser vistos e revistos não somente pelos casais apaixonados como por tudo e qualquer cinéfilo que se prese. Atuações marcantes, histórias fortes e trilhas sonoras épicas fizeram desses dois filmes inesquecíveis.


Uma Linda Mulher (Pretty Woman, 1990). Filme que alavancou Julia Roberts ao estrelato e que traz uma romance pouco comum entre uma garota de programa e um solitário empresário não pode ficar de fora dessa lista. Reverenciado até hoje já está no patamar de clássico no gênero comédia romântica.




Ghost – O outro lado da Vida (Ghost, 1990): Pode o amor superar a morte? Segundo esse sucesso arrebatador sim. O saudoso Patrick Swayze não mede esforços para estar com sua amada Demi Moore mesmo após a morte. Romance, comédia e suspense reunidos de uma forma extremamente competente.





A Bela e a Fera (The Bauty and the Beast,1991): Ensinando desde sempre que no fundo o que importa é a "beleza interior", o conto da Bela e a Fera ganha sua versão definitiva com essa magnífica animação mostra os estúdios disney no seu auge com grandes canções, momentos genuinamente emocionantes e coadjuvantes simpáticos.





Um Lugar Chamado Notting Hill (Notting Hill, 1999): Julia Roberts (de novo!) estrela ao lado de Hugh Grant um competente filme que aborda o relacionamento de uma celebridade com um cara “normal”. Tudo funciona, a história, a trilha e como “bônus” trouxe a revelação Rhys Ifans.







Trilogia Antes do Amanhecer/Antes do pôr do sol/Antes do Anoitecer (1995, 2004, 2013): O Diretor Richard Linklaker e os atores Ethan Hawke e Julie Delpy nos brindam com três filmes magníficos que falam sobre o amor,os relacionamentos e a vida. O forte nessa trilogia são os diálogos e os cenários magníficos. Imperdível.


Brilho Eterno de uma mente sem lembranças (Eternal Sunshine of a spotless Mind, 2004): Brilho Eterno de uma Mente sem lembranças, lançado no ano de 2004, é um deleite, algo único que deve e merece ser apreciado. O longa dirigido por Michael Gondry traz Kate Winslet e Jim Carrey (em sua melhor atuação da carreira) como um casal não muito convencional, mas que após uma crise decide se submeter à uma nova experiência: apagar de suas mentes um ao outro. Nessa mistura de drama, comédia romântica e ficção científica, além da entrega de todo o ótimo elenco (além da dupla central, ainda temos Kirsten Dunst, Mark Ruffalo, Elijah Wood e Tom Wilkinson), somos apresentados à vários simbolismos e no fim ficamos com a lição de que a mente pode tentar esquecer mas o coração nunca o faz.

Closer – Perto Demais (Closer, 2004): Muito longe de ser um filme romântico. Closer, é um filme sobre relacionamentos e justamente na parte mais sórdida deles. Baseado em uma peça teatral e dirigido ao estilo de uma, o quarteto de protagonistas dá um verdadeiro show.




Filmes baseados nos livros de Nicholas Sparks: Adorado por muitos e odiado na mesma proporção, o autor Nicholas Sparks já teve vários de seus romances adaptados para o cinema em grande maioria com sucesso. Mesmo levando suas histórias com a mesma estrutura, elas sempre conseguem emocionar. O melhor de todos, sem dúvidas, é Diários de Uma Paixão (The Notebook, 2004) que traz todos os ingredientes para uma belíssima história de amor. Um amor para Recordar (A Walk To Remember, 2002) e Querido John (Dear John, 2010) também tiveram sua parcela de sucesso e conseguem emocionar. Noites de Tormenta (Nights in Rodanthe, 2008), A Última Música (The Last Song, 2010) e Um Homem de Sorte (The Lucky One, 2012) apresentaram um resultado mais irregular.


Á Prova de Fogo (Fireproof, 2008): Esqueçam a produção modesta e o discurso religioso carregado se não for do seu agrado, o que fica nesse filme é a lição de que manter um casamento pode ser uma batalha árdua e diária, mas é magistralmente recompensada.




(500) Dias com Ela ( (500) Days With Summer, 2009): Fantástico em todos os sentidos. Leve, muito bem escrito, dirigido e interpretado, com uma trilha sonora magnífica. Logo no início já há um alerta: não é uma história de amor. Mas é sim. De um amor que aconteceu (talvez vivido por mais intensidade por um dos dois), não deu certo e acabou. No último diálogo entre o casal há a redenção com a frase mais libertadora de todas “Não era para ter sido com você”. E é isso que deve ser principalmente aprendido com este belo filme.

Amizade Colorida (Friends With Benefitis, 2011): Sem sombra de dúvidas o filme mais descolado dessa lista. Justin Timberlake e Mila Kunis apresentam uma química perfeita e contribuem muito para o bom resultado do filme que conta com dia´logos inspiradíssimos e bem sacados, e que, no fim, mostra que no amor o mais importante e inicialmente a amizade e cumplicidade.

Para Sempre (The Vow, 2013): Baseado em uma comovente história real. Se conquistar uma pessoa e mantê-la pode ser uma tarefa difícil, imagina ter que reconquistá-la novamente? O personagem de Chaning Tatum pena o filme todo e cativa o público na tentativa de fazer com que a sua desmemoriada esposa (Rachel McAdams) relembre do que sentia por ele.





          


Relembrando aos leitores que essa não é uma lista fechada tão pouco definitiva. Aproveitem e deixem nos comentários os filmes que sentiram falta e o motivo.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

...CINEMA. Opiniões #70 - Depois da Terra

...CINEMA
Opiniões # 70 – Depois da Terra (After Earth, USA, 2013).
Por Marlon Fonseca

            Discute-se há tempos o fato do aspecto comercial do cinema, o cinema-produto. Sem entrar em discussões acaloradas sobre o assunto, temos um aqui um exemplo claríssimo de tal aspecto, pois, antes de mais nada, Depois da Terra é um produto, na forma negativa dessa afirmação.

            Trata-se de uma tentativa inequívoca de Will Smith lançar seu filho ao estrelato, um filme sob encomenda cujo propósito citado é claro e inequívoco. E isso não seria demérito se o filme tivesse outros aspectos interessantes a serem considerados, mas infelizmente não é muito o caso.

            Dirigido por M. Night shyamalan, que depois dos excelentes O Sexto Sentido, Corpo Fechado e Sinais era tido como gênio por muitos[1] caiu em um espiral decadente de qualidade demolido pela arrogância, brigas com estúdios e que agora encara seu segundo projeto como “diretor de aluguel”.
O diretor no set de filmagem

            Na trama, em um futuro onde a humanidade vive longe do planeta Terra em razão de eventos catastróficos, pai e filho acabam aterrissando no planeta após um acidente e têm que, juntos, buscar um aparelho que os ajudará a voltar para casa enquanto paralelamente tentam resolver seu problema de relacionamento.

            Há um viés de drama familiar como fio condutor do filme, mas muito mal explorado e aprofundado. Para piorar ele não consegue passar tensão e emoção em momento algum. É monótono, frio, anticlimático, vazio. Trata-se de um filme sem alma, “sem sal”.

            De interessante fica a atuação de Will Smith, que faz um tipo diferente do que estamos acostumados. Seu personagem é frio, monossilábico, distante. Já seu filho Jaden, o motivo principal do filme, é bom recordar, não repete a segurança apresentada no ótimo remake de Karate Kid, tal qual seu personagem, a pressão em agradar o pai pode ter pesado.
Pai e filho lutam pela vida e por seu relacionamento

            Já Shyamalan, mostra domínio na direção sem ser brilhante, apenas correto, que é um pecado para aquela cineasta que prometia tanto. O filme apresenta trilha sonora apenas pontual como em seus demais e autorais trabalhos. O longa é também “redondinho” nos efeitos especiais.

            Depois da Terra é um filme que falha como entretenimento, arte e veículo para catapultar Jaden Smith ao estrelato. Não vai ser com ele também que Shyamalan retomará sua careira com dignidade.

Cotação: 4,5

Ficha Técnica: Depois da Terra (After Earth, USA, 2013). Ficção Científica. Direção: M. Night Shyamalan. Elenco: Will Smith, Jaden Smith, Sophie Okonedo, Zoe Kravitz. Duração: 100 min.




[1] Inclusive pelo autor desse texto