sábado, 7 de dezembro de 2013

...CINEMA. Opiniões # 88 - Carrie, a estranha (2013)

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Opiniões #88 – Carrie, a estranha (USA, 2013).
Por Marlon Fonseca

            Contando com um bom elenco e uma campanha de marketing bacana (vide informativo abaixo), essa refilmagem do clássico de1976, dirigido por Brian de Palma e adaptação de uma das primeiras obras de Stephen King, retoma a trama da menina subjugada socialmente que descobre ser detentora de poderes telecinéticos.

            Sufocada por uma mãe fanática religiosa e violenta (a sempre competente Julianne Moore) e esnobada pelas colegas de classe, Carrie, ao menstruar pela primeira vez, desenvolve poderes paranormais, fato este que desencadeará um caos em sua vida e nas pessoas que a cercam. Na verdade, tanto o livro quanto suas adaptações cinematográficas, possuem como subtrama a emancipação da mulher na sociedade e a busca de espaço no mundo.

            Quem conhece a obra sabe que seu forte está no clímax, quando Carrie explode com toda a sua raiva reprimida. E nessa versão ele continua importante e apresenta-se bastante violento mas, em alguns momentos, exagerado. Porém, antes de chegar a ele a condução da trama é simples, sendo o único destaque as tensas cenas de embate moral entre mãe e filha.

            A escolha de Chloe Grace Moretz causou desconfiança por parte do público e dos fãs do original, mas sem fundamento. De talento já reconhecido e acostumada a papeis fortes como a hit-girl da franquia Kick-ass e a vampira de Deixe-me entrar ela soube tirar de letra as alternâncias de tristeza e raiva da personagem. A atriz, diga-se de passagem e fã confessa da obra original.
Carrie: tragédia e violência

            Carrie, é uma personagem trágica, vítima de uma sociedade cruel e de uma criação opressora por parte de sua mãe. É uma das personagens mais dramáticas dentre os filmes e livros de terror. Sente-se pena da protagonista do início ao fim da projeção.

            O roteiro falha em não desenvolver os personagens secundários e suas motivações e o mais grave: em aprofundar melhor a “virada” da personalidade de Carrie. Tudo acaba ficando muito superficial, prejudicando bastante o resultado do longa.

            Sendo assim, Carrie, a estranha é um filme com boas performances de sua dupla central e continua trazendo um clímax arrebatador, mas que se enfraquece ante a superficialidade do roteiro e da construção da trama até seu momento chave.

                   Cotação: 7,0

            Ficha Técnica: Carrie, a esranha ( Carrie, USA, 2013). Terror. Direção: Kimberly Pierce. Elenco: Chloe Grace Moretz, Julianne Moore, Gabriella Wilde, Judy Greer. Duração: 100 min.





A assustadora campanha de marketing
Um dos grandes destaque do filme foram as inventivas campanhas publicitárias que ele recebeu. Em um deles, a equipe montou uma pegadinha que deixou pessoas incautas apavoradas, conforme o vídeo abaixo:



            Alguns cinemas receberam um pôster que fazia os cabelos dos espectadores levantarem ao se aproximarem dele.