segunda-feira, 23 de julho de 2012

...CINEMA. Opiniões #42 - Chernobyl


...CINEMA
Opiniões # 42 – Chernobyl (Chernobyl Diaries, USA, 2012)
Por Marlon Fonseca



            O diretor e produtor Oren Peli despontou em Hollyood graças ao sucesso de Atividade Paranormal. A partir daí continua identificado com os filmes de gênero falso documentário/filmagens escondidas[1] e além de atuar como produtor na continuidade da franquia, dirigiu o vindouro Área 51, que também será neste estilo. Já Chernobyl, no qual produziu e escreveu, foge desse subgênero.

          Na trama, seis jovens contratam um guia para levá-los a uma cidade que fora abandonada na época do incidente nuclear de Chernobyl. Mas o “passeio” vai ser mais aterrorizante do que esperavam.

            Ainda que não se utiliza do recurso do falso documentário, o filme tem um estilo totalmente documental. Percebe-se tal fato principalmente pela fotografia sem capricho, pelos enquadramentos, mudanças abruptas na câmera e closes forçados. É uma produção barata, o que se percebe também na falta de variação e capricho dos cenários e na criação de uma ambientação decente.

            Os personagens são de uma burrice irritante[2] e passa longe qualquer tentativa de aprofundamento sobre eles. Não há um sequer que o público se conecte ou torça pela sua sobrevivência de fato. O roteiro além, disso tem bastante “furos” e falta lógica em vários momentos. E os diálogos seguem a linha apresentando-se completamente fracos.

            Mesmo assim, o filme até que possui alguns (poucos) bons momentos de suspense e pode dar algum susto na platéia.

            Chernobyl falha na ambientação, caracterização de clima e de personagens. Promove um ou outro susto, mas não é nem de longe bem desenvolvido. Oren Peli, assim, acaba por entregar um filme semi-amador.


Cotação: (1/5 - 3,5/10)

Ficha técnica: Chernobyl (Chernobyl Diaries, USA, 2012). Terror. Direção:Bradley Parker. Elenco: Jessé McCarteney, Jonathan Sadowski e Olívia Duldley. Duração: 86 min.


Obs: O filme foi distribuído apenas com cópias dubladas o que, com certeza, aumentará ainda mais a discussão acerca dos filmes dublados x filmes legendados que tem esquentado nos últimos meses entre alguns críticos do Brasil.

           


[1] Na ocasião da análise de Filha do Mal dissertamos sobre os aspectos deste gênero. Confiram aqui:http://blogdofalandode.blogspot.com.br/2012/02/opinioes-06-filha-do-mal.html
[2] O exemplo mor é o da jovem metida á fotógrafa. Ela tira foto de tudo durante o passeio, mas não se anima em tirar a de uma espécie nova de um peixe mutante devida à radiação.

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