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Opiniões #10- Silent Hill: Downpour
Por Marlon Fonseca
Com
Resident Evil se deslocando cada vez mais para o campo da ação, Silent Hill
lidera o posto de franquia de terror mais popular nos games. Focado na ambientação e no terror psicológico e contendo
puzzles e momentos macabros e uma trilha sonora premiada, a série conquistou
fãs em todo o mundo. Nos últimos jogos, porém, houve uma perda da identidade e qualidade
em comparação aos mais antigos.
Silent Hill Downpour tenta resgatar os
elementos que consagraram a série. Consegue em parte. Na trama, o
jogador controla Murphy Pendleton um presidiário que na ocasião de sua
transferência para uma penitenciária, sofre um acidente de ônibus. Esse caminho
o levará á cidade atormentada de Silent Hill.
A
ambientação é muito boa. Além da neblina característica da série houve a adição
de uma tempestade forte com direito á trovoada. A trilha sonora se não repete a
excelência dos jogos mais populares da série é pelo menos competente e compõe
bem o clima. Risadas ao fundo, portas batendo e objetos caindo complementam a atmosfera. Percebe-se realmente um retorno aos primeiros jogos neste sentido. Não
chega a ir tão fundo no terror como nos primeiros games da série, mas possui
inegáveis bons momentos.
Os
gráficos estão muito bons e sem dúvidas é o jogo mais bonito de toda a
franquia. Efeitos de iluminação muito bem aplicados e CG´s competentes
contribuem para o clima.
A
novidade do jogo para a série são as sidequests
que, assim como em jogos de RPG e de “mundo aberto” são missões á parte da
história principal que podem ser feitas ou não dependendo da vontade do
jogador. A maioria é interessante e umas chegam a ser bem macabras. O sistema
de escolhas está de volta[1] e
estas influenciam diretamente o final do jogo, que são vários (outra tradição
da série).
A
jogabilidade continua a mesma: o jogador deverá percorrer a cidade e resolver puzzles na tentativa de fugir de lá e
entender o que anda acontecendo. Há ainda momentos em que se tem que enfrentar
algumas criaturas ou fugir delas. Esses momentos não são muitos, revelando-se mais
uma tentativa de retorno aos elementos antigos da série. A história, apesar de
mais simples do que em outras visitas á cidade, é boa e prende a atenção até o
fim.
Mas
o combate é falho demais e prejudica muito o jogador. O pior problema do game,
porém, reside nos aspectos técnicos. Constantes e irritantes slowdowns (queda na velocidade do jogo)
irritam e atrapalham demais, chegando a quase travá-lo em várias ocasiões.
Somando ao aspecto “lavado” dos (bons) gráficos mostra que não houve um cuidado no
acabamento do game.
Silent Hill Downpour pode não ser o
melhor game da franquia, mas não a deturpa e prejudica. Com bons momentos de
terror, história com desenvolvimento satisfatório e bom visual vai conseguir
prender o jogador até o final. Seus maiores problemas residem no combate falho
e em problemas técnicos imperdoáveis, mas vale á pena ser conferido.
Cotação: (3/5)
Ficha
técnica: Silent Hill Downpour (PS3, XBOX 360). Terror/suspense. Produtora:
Konami. Estúdio: Vatra. Data de Lançamento: 13 de Março de 2012. Versão
Testada: PS3
Vou comprar esse jogo, sou muito fã da serie Silent Hill! Eu vi muitas pessoal falando mal do jogo, mais vamos ver se eu gosto! Haha!
ResponderExcluirE Parabens pelo Blog, ta muito bacana! =)
Abraços!
Obrigado pela leitura e seja bem vindo ao blog!
ResponderExcluirA ambientação é horrível. Não há medo de morrer. Em tudo quanto é lugar os cenários são claros. Se entra em uma casa fechada, tem um ponto de luz para não deixar tudo escuro. Medo é transmitido pela antecipação e não pela surpresa. E Silent Hill não tem antecipação. no primeiro jogo havia a escuridão total e a lanterna era fundamental. O rádio era uma ótima ferramenta para antecipar o perigo e deixar o jogador ansioso pelo que viria. Mas neste jogo, o medo vem de carros da polícia desaparecendo na rua? Hã???? Um carteiro que é o maior "clichezão" em histórias. O protagonista usa lanterna, mas não tem nada pra iluminar. O jogo não tem pulso firme na direção. Quem o dirigiu tem mão pesada e quem o escreveu cresceu assistindo à muitos filmes b ruins (os bons eu não classifico como filme b, pois se tiver ambientação e história, então é filme A).
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