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Opiniões
#20 – Spec Ops: The Line (PS3/XBOX 360/PC)
Por Marlon
Fonseca
Spec Ops:The line a estréia da franquia
Spec Ops nos consoles dessa geração. Para isso utiliza-se de todos os recursos
técnicos que dela advém para reforça-la no competitivo mercado de jogos de tiro
em terceira pessoa.
Na
trama ambientada em uma
Dubai assolada por uma violenta tempestade de areia, três
soldados percorrem a perigosa e destruída cidade à procura de um esquadrão
desaparecido.
O
forte do jogo sem dúvida é o tratamento dado à sua história. No começo ele
aparenta até ser um shooter genérico
nesse quesito, mas ao longo de seu desenrolar ela vai ganhando força e passamos
a entender, inclusive, o porquê do the
line no título. Os personagens sofrerão degradações físicas e morais ao
longo dessa jornada, tendo que cruzar “a linha” do dever e da moralidade em
alguns momentos.
À
medida que avançam no inóspito território, novos dados vão surgindo e a
necessidade de escolhas vai aparecendo. Sim, mesmo que bastante limitado, o game em alguns momentos dá ao jogador a
opção de escolher entre uma ou outra ação. E com isso o jogo não só oferece uma
história caprichada e imersiva, mas também três finais diferentes.
Seguindo
a mecânica dos jogos em terceira pessoa tradicionais dos últimos anos, a
jogabilidade não apresenta nenhum mistério ou novidade. Mas possui algumas
falhas que podem e vão incomodar principalmente no tocante ao sistema de cobertura,
pois os comandos não respondem corretamente em muitos momentos.[1]
Há a opção de
dar alguns comandos aos seus aliados, ainda que muito restritos. Neste quesito
também há uma peculiaridade que causa estranheza, pois você pode curar os seus
aliados feridos, mas eles não têm a opção de fazer o mesmo por você. Por isso
todo cuidado é pouco e deve se caminhar pelos cenários e se defender dos
ferozes esquadrões inimigos.
Como
vem sendo de praxe nesse tipo de jogo e nessa geração, o apelo para seqüências
de ação cinematográficas existem e são muito interessantes.
Os
gráficos do jogo estão muito bonitos. A devastada Dubai está muito detalhada
com seus imensos arranha céus e destruição e areia por toda parte. Efeitos de
luz, areia e fogo estão muito bem trabalhados. Os personagens vão sofrendo
deteriorações nas roupas e machucados no corpo ao longo da missão. Os cenários
ocasionalmente possuem bons efeitos de destruição.[2] O
pecado nesse quesito é que há em alguns momentos quedas de frame e scream tearing.
Percebe-se, também, serrilhados.
O
som usa e abusa dos sistemas Dolby Digital e DTS. O destaque fica para o
excelente efeito durante as tempestades que ocasionalmente ocorrem. Já os
barulhos de tiros e explosões estão bons, mas não chegam à excelência de
títulos como Batllefield 3 e o recente Ghost Recon Future Soldier.[3]
Além
do modo campanha, que dura por volta de umas oito horas, há o inevitável
multiplayer. Este modo não oferece muita novidade. O modo mais interessante é o Buried mode onde dois times de até quatro jogadores precisam defender a sua base a ao mesmo tempo atacar a inimiga.
Spec
Ops: the line reapresenta e restabelece a franquia com uma história muito
caprichada e acima da média dos shooters que invadem mensalmente o mercado.
Focando na deterioração física e mental que uma guerra traz e possibilitando
algumas escolhas no decorrer da história, é um jogo que merece uma atenção.
Ignore alguns problemas técnicos e de jogabilidade e cruze esta linha.
Cotação: (4/5 - 8.0/10,00)
Ficha Técnica: Spec Ops: The Line
(PS3/XBOX 360/PC). Tiro em terceira pessoa. Guerra. Produtora: Yager.
Distribuidora: 2K. Data de lançamento:????? Versão Testada: Playstation 3
(Premium Edition)
Obs: - O menu do jogo vai mudando de imagem á medida que se
progride na campanha.
- Alguns
troféus/conquistas vêm com nomes ou frases de famosos filmes de guerra
- A versão
premium edition vem com mapas e itens adicionais intitulada de Fubar pack